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Enviada em: 04/04/2018

O comércio se manteve presente em toda história da humanidade, seja na Antiguidade - com o comércio marítimo dos Fenícios ou com os Persas a partir da criação da primeira moeda -, seja na Idade Média - através do escambo, que era o comércio-natural a base de trocas - e foi ainda mais intensificado com o advento do Capitalismo, que possui como peça-chave de suas engrenagens, o consumo. Entretanto, pode-se afirmar que em diversos países, inclusive no Brasil, muitas vezes esse consumo deixa de ser consciente a torna-se desenfreado. Este desenfreamento, associado a alienação midiática, aos padrões sociais e a obsolescência programada e perceptiva torna a aquisição do produto vantajosa apenas para a indústria em detrimento dos consumidores.          As propagandas publicitárias induzem a aquisição do produto pelo individuo, para que o mesmo se enquadre em padrões sociais pré-estabelecidos. A mídia, com seu papel de disseminadora de informações, acaba sendo relevante na influência ao consumidor, em virtude de que associa os produtos, a fatores que interessam a sua faixa etária correspondente. Os telespectadores, acreditam que adquirir o mesmo, fará com que ele esteja dentro de padrões de comportamento, sendo dessa forma, considerado bem-sucedido. Mas na verdade,ao invés do prestigio, ele lucrará apenas o prazer momentâneo que logo será substituído pela vontade de ter um produto um novo produto.              A obsolescência programada reduz a vida útil do produto, enquanto a perceptiva a desconsidera. A indústria lança a cada instante novos produtos, cada vez mais modernos e adaptados a atualidade.Com o objetivo de intensificar o consumo, através da obsolescência programada ela reduz a vida útil dos mesmos. Tornando-os rapidamente inviáveis para seus usuários que são persuadidos a realizar uma nova aquisição. Instigados com os novos lançamentos, os consumidores acabam desconsiderando a sua vida útil e rapidamente os tornam, através de sua percepção, obsoletos. Dessa forma, acabam adquirindo sem necessidade, novos produtos que muitas vezes estão a cima de seus orçamentos.      A fim de tornar o consumo saudável e vantajoso para os dois lados, cabe ao governo instituir medidas efetivas para evitar a perpetuação deste impasse. Paulo Freire afirmava que: "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda". Levando em consideração este pensamento, cabe ao Ministério da Educação inserir a educação financeira como parte da grade curricular de ensino desde o nível fundamental, assegurando a transformação de jovens em futuros consumidores conscientes.Seguidamente, por uma parceria entre o Ministério da Fazenda com instituições financeiras, que através da criação de um programa de negociação de débitos e a instituição de palestras educativas, tornariam o consumo consciente presente na realidade brasileira.