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Enviada em: 04/04/2018

O hábito faz o monge e o shopping o consumo.No país, algumas classes socioeconômicas surgem, após o ano de 2002, conquistando o poder de compra e as já existentes e abastadas buscam o exclusivo.O grande desafio de promover o consumo consciente se mostra necessário por meio de escolhas mais sustentáveis, utilizando o ensino regular como propulsor, além de medidas governamentais e entendendo a existência das diferenças entres as classes no Brasil.             Com o surgimento das classes E e D depois de medidas políticas e programas sociais que visaram oferecer dignidade e visibilidade, alcançando êxito, embora a precariedade histórica do ensino público brasileiro tenha dificultado para a redução da desigualdade social que ainda é presente.O abismo inerente às classes favorece para a criação de bolhas comerciais e empresas que setorizam com o intuito de ganhar mais mercados.Para essa camada social, a necessidade de pertencimento, de Maslow, psicólogo estadunidense, é o sentimento mais importante.          A antiga classe média, hoje a repaginada C, tem o incômodo de observar os “pobres” alcançando voos em ponte aérea e a aquisição de mercadorias, hábitos que antes a caracterizava.A confirmação de uma possível estagnação social não atormenta tanto quanto ver o filho da empregada doméstica conquistando uma vaga na universidade pública, por exemplo, “Que horas ela volta?”, filme brasileiro, e, é esse segmento que se observa consumo exacerbado, com o objetivo de coibir o vazio existencial.              Já para as classes B e A, o consumo é feito pela gourmetização e seletividade extrema. O valor do produto não diz muito sobre ele, mas, também, define o cliente. A segregação socioespacial imposta pelos mais ricos se confirma com a construção de shopping center ao lado de outro, Barra Shopping e Villagemall, na cidade do Rio de janeiro, com o objetivo de ser excludente. O mesmo ocorre com condomínios fechados de alto luxo, que são verdadeiras cidades cercadas por muros.             Logo, pode-se constatar que o consumismo no Brasil está presente em todas as classes, porém em tipologias. Com o intuito de reduzir o endividamento o Ministério da Educação deve implementar economia doméstica nos ensinos fundamental e médio, com o objetivo de garantir um futuro mais promissor aos brasileirinhos. O ensino superior oferecendo disciplinas e cursos que promova práticas de customização, reciclagem e reuso com convênios com fábricas e coletores a fim de otimizar a economia, e fomentando que moda se faz com criatividade. Para abater as desigualdades sociais é necessária uma reforma tributária brasileira, realizada pelo Legislativo, visando taxas para todas as classes proporcional ao poder aquisitivo. Talvez, assim, o hábito de consumo se transforme em algo mais salutar.