Materiais:
Enviada em: 06/04/2018

É inegável que o hábito de consumo, da maior parte dos brasileiros, é elevado. Contudo, engana-se quem pensa que esse é um problema presente apenas no Brasil do século XXI, tal consumismo perpassa anos e pode resultar em problemas nos âmbitos ambiental e econômico do país.       A cultura de consumo é primordial e indispensável para a economia de qualquer país capitalista. No Brasil, tal cultura, como vê-se atualmente, com a presença de um consumo exacerbado e dotado de futilidades, foi consolidada no período Imperial brasileiro no qual as pessoas, sob a influência de tendências europeias, movidas por um olhar elitizado, acabavam consumindo produtos importados desnecessários, por exemplo roupas de inverno rigoroso, inutilizáveis nos invernos de países tropicais como o Brasil. Todo esse consumo desenfreado contribui, principalmente, para o aumento da degradação ambiental devido a alta taxa de lixos gerados e descartados inadequadamente no ambiente.       Atualmente, percebe-se que não há diferenças no hábito de consumo do brasileiro, visto que este continua a consumir futilidades, principalmente em períodos de promoções, e mesmo com o país em crise recorre aos cheques especiais, segundo o jornal Folha de São Paulo publicado em 2017, o que demonstra uma falta de consciência com relação ao gasto do próprio dinheiro e também uma carência com relação a educação financeira no país, até então inexistente na maior parte das instituições de ensino. No entanto, não se pode negar o fato da existência da obsolescência programada, vulgo "data de validade" dos produtos, principalmente tecnológicos, que acaba por levar, até os consumidores conscientes, a um maior consumo. A música 3ª do Plural do Engenheiros do Hawaii faz menção a essa situação ao dizer: "satisfação garantida, obsolescência programada", demonstra o quanto a população está imersa nesse consumismo.       Portanto, para que o brasileiro tenha um hábito de consumo mais consciente, fuja do consumismo, é necessário primordialmente que o MEC, juntamente com as instituições de ensino organizem na grade curricular do Ensino Fundamental ao final do Ensino Médio, uma matéria voltada à educação financeira e aos hábitos de consumo, dessa forma a maior parte da população crescerá com uma visão mais crítica e consciente sobre seus próprios hábitos. Além disso, as organizações e instituições que prezam o meio ambiente, como o IBAMA, devem fazer e difundir propagandas críticas sobre o consumismo e com algumas dicas de como evitá-lo, veiculadas em panfletos nas ruas e em outdoors, já que nas mídias sociais não abraçam com força essa causa pois são grandes influenciadoras no consumismo do brasileiro.