Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações econômicas, políticas e sociais é característica da "modernidade líquida". Nesse contexto, o consumismo crescente entre os brasileiros, é um sórdido reflexo dessa realidade. Sendo que, a pressão imposta pela sociedade capitalista do presente século, é responsável por intensificá-lo. É fundamental pontuar, que a ideologia liberal da idade moderna, afirmava que uma nação desenvolve-se plenamente quando não há intervenção estatal na economia. Logo, as próprias leis de mercado a regulam. Diante desse cenário, diversas ferramentas são utilizadas para incutir, na mente dos cidadãos, direta ou indiretamente, o desejo compulsório por comprar. Destarte, muitos brasileiros acabam aderindo ao consumo como forma de fugir da ignóbil competitividade capitalista. Nesse sentido, percebe-se um número expressivo de consumistas, uma vez que 7 em cada 10 indivíduos não são consumidores conscientes, segundo pesquisas da SPC ( Serviço de Proteção ao Crédito) . É indubitável, portanto, que o poder coercitivo da sociedade apresenta relevância no que concerne a dinâmica vigente. Porquanto, há uma dominação ideológica, na qual é supervalorizado o "ter" como sinônimo de prestígio e relevância social. Assim, urge a ação conjunta entre Estado e sociedade na superação do impasse. Dessarte, visando conter os avanços dos hábitos de consumos no Brasil, é mister que o Governo Federal torne efetivo o seu combate. Isso pode ser feito, com uso de campanhas em escolas, na qual deve-se usar de palestra e atividades atrativas e envolventes, a fim de promover a sensibilização dos jovens e toda comunidade escolar. Ademais, fazer uso dos veículos midiáticos para alertar a população quanto aos riscos do consumo exacerbado, refutando-se, por conseguinte, a liquidez supracitada.