Materiais:
Enviada em: 06/04/2018

A Revolução Industrial foi um período em que o estilo de vida das pessoas se transformou em conjunto com a evolução das máquinas. Esse momento marcou-se pelo aumento da produção em larga escala, transporte e venda em massa e, consequentemente, o alargamento do consumo das populações que até então viviam em modelo feudal. Diante disso, esse modo consumista iniciado no século XVIII pela Inglaterra, foi substancialmente potencializado nos dias atuais, tendo como característica primária o excesso e a poluição como sequela.           Em uma primeira análise, é válido observar que o consumismo exagerado é um problema que circunda a sociedade atualmente. Nessa instância, é imperioso citar que grande parte desse consumo desenfreado é fruto de uma noção de "estato social" criado pelas forças midiáticas, isto é, aquele que possuir maior poder aquisitivo é posto num "estato" mais elevado daquele que possuir menos, como diz o ditado popular: "o homem vale aquilo que tem". A partir disso, como todos os indivíduos vivem numa comunidade influenciada, o gasto com produtos supérfluos torna-se necessário para que o cidadão seja valorizado no meio social. Dessa forma, o consumismo está intrínseco com os valores sociais atuais.          Em decorrência desse cenário, no qual a demanda e a venda de produtos estão em grande ascendência, a principal mazela que resulta desse quadro é o aumento linear da poluição. É indubitável que a poluição dos ecossistemas e o aumento do consumismo correlacionam-se como uma função afim, ou seja, a elevação do consumo eleva também as diversas formas de poluição. A ilustrar essa problemática, uma pesquisa feita pelo Fantástico da Globo, mostrou que para produzir apenas uma calça jeans são gastos 11 mil litros de água. Além disso, o consumo excessivo de alimentos, eletrônicos, entre outros produtos, na maioria das vezes, não possuem destino correto e são jogados em lugares inapropriados, o que acabam poluindo rios, mares e oceanos. Assim, é necessário que o Governo Federal atue fiscalizando os destinos dos lixos para diminuir as formas de poluição.             Torna-se evidente, portanto, uma necessidade de mudança nos hábitos de consumo da população brasileira. Destarte, cabe ao Governo Federal, aliado com o Ministério da Educação, incentivarem uma conscientização dos cidadãos, com ênfase nos jovens. Tal ação pode ser realizada por intermédio da inclusão na grade curricular das escolas disciplinas que estimulem a noção de consciência a respeito do cuidado com o nosso planeta, como aulas recreativas que mostrem os prejuízos da produção e consumo excessivo e seus destinos no meio ambiente. Além disso, o Governo deve fiscalizar e punir as empresas que dão destinos aos seus resíduos de forma incorreta. Tais medidas têm por objetivo incentivar o consumo consciente e melhorar as condições para a Terra.