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Enviada em: 07/04/2018

Desde a Revolução Industrial, com o surgimento de indústrias e inovação nos modos de produção, o consumo vem sendo muito estimulado. Com isso, a sociedade impulsionada tanto pelas propagandas quanto pela própria globalização, passou a ser incentivada a consumir excessivamente. Nesse sentido, é perceptível que o povo brasileiro está inserido em um contexto de sociedade de consumo. Tal ideia pode ser compreendida por um cenário capitalista de avançado desenvolvimento industrial e tem como característica principal o consumo descomedido.  Em primeiro lugar, é necessário ressaltar que as propagandas são fortes agentes persuasivos. Sob essa ótica, fica claro que as mídias exercem enorme influência sobre o pensamento individual, impulsionando assim, o consumo em massa. Nessa perspectiva, segundo a teoria marxista, a sociedade se encontra em um estágio de consumo alienado que também é promovido pela produção alienada. Tendo em vista essa concepção, a população passa a ver na posse de bens, mesmo que supérfluos, o prazer e a felicidade. Assim, o consumismo se torna um círculo vicioso no qual o indivíduo nunca se satisfaz.  Outrossim, a globalização contribui com tal situação considerando-se que o facilidade da circulação de informações é uma de suas principais características. Diante disso, surge uma ideia de competição entre os povos. Com isso, a vontade de inclusão social é despertada e a desigualdade continua aumentando já que nem todos têm possibilidades de ascender socialmente. Dessa maneira, é possível mencionar o conceito de habitus do sociólogo Pierre Bourdieu, que defende que o conjunto de princípios de um homem é construído durante o processo de socialização. Assim, fica claro que Bourdieu afirma que o individual e o social funcionam de maneira harmônica de forma que os valores são dados pelo meio e refletem em suas ações.  Portanto, é preciso que algumas medidas sejam tomadas para reverter esse quadro. Por isso, faz-se imprescindível a intervenção do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) através de projetos e palestras com a finalidade de controlar a produção e consequentemente o consumo alienado. Dessa forma, tanto os trabalhadores quanto a população poderão garantir melhor qualidade de vida no sentido que irão trabalhar de modo justo e consumirão apenas o necessário. Nessa lógica, além da consciência individual, seria indispensável o subsídio de campanhas contra o consumo desnecessário a fim de esclarecer a população a respeito das consequências do desperdício tanto no âmbito econômico como ambiental. Afinal, é através da eliminação da causa, que o efeito cessará.