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O famoso American Way of Life (estilo de vida americano - em português) difundiu-se por todo o mundo, caracterizando o início de uma sociedade global e, sobretudo, consumista. Tal influência foi enraizada, principalmente, no Brasil. Seja pela persuasão midiática ou pela relevância no status social, o consumo desnecessário ganha dimensões preocupantes, haja vista suas graves consequências ambientais. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, as relações sociais modernas encontram-se em estado de fluidez. Destarte, convém ressaltar o modo de produção capitalista, que para manter o ritmo avançado de produção e lucro, usa de um sistema manipulador, onde a a obsolescência programada dos produtos é o centro de alienação social, alimentando a prevalência do efêmero e do descartável, provocando, sobretudo, o distanciamento nas relações interpessoais. Não obstante, associado ao consumismo está a geração de resíduos sólidos que são lançados no ambiente, a exemplo de materiais eletrônicos, sendo altamente poluentes. Portanto, fica evidente a relação de proporcionalidade entre o consumo e a degradação ambiental, ocasionando problemas como mudanças de clima, escassez de água e desmatamento. Vale ressaltar, também, que a mídia é fator determinante para a persistência do consumismo no Brasil. No livro "Sociedade do espetáculo", o autor Guy Debord relaciona a influência midiática como meio de propagar o capitalismo através da instrução das pessoas ao mundo do consumo exacerbado baseado na sua imagem e no que possui. Frente a isso, a sociedade torna-se vítima do consumismo a partir do momento que o relaciona com valor social e poder aquisitivo, evidenciando essa perspectiva no ditado popular que afirma "o homem vale aquilo que tem". Por conseguinte, o gasto com a compra de produtos supérfluos, influenciado pela mídia, torna-se necessário para que o cidadão seja valorizado no meio social, vivendo em um espetáculo moldado a partir do que possui. Com efeito, é imprescindível uma sinergia entre o Estado e a população para resolver o impasse em pauta. Em primeiro plano, o Governo Federal em parceria com as prefeituras deve incentivar a comunidade a separar o lixo e entregá-lo em centrais de reciclagem por meio de um benefício em porcentagem de desconto nos impostos como IPTU, a fim de reduzir a degradação ambiental ocasionada pelo consumismo. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação estimular o pensamento crítico na sociedade por meio de palestras nas escolas e, em parceria com os meios de vinculação midiática, aplicar propagandas em telejornais, evitando a entrada da população no mundo consumista sem um senso consciente pré-formado.