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Enviada em: 30/08/2018

Em um episódio da série “Greys Anatomy”, a fisioterapeuta Callie Torres vai ao tribunal pela amputação das pernas de um profissional de surf, que estava insatisfeito com o procedimento realizado. Já na vida real, isso está cada vez mais recorrente, médicos sendo julgados por atos errôneos que culminam na morte de pacientes. Diante dessa realidade, é necessária a ação de alguns setores para combater esse quadro.   Em primeiro lugar, é importante destacar que, algumas instituições possuem um processo de contratação de médicos ineficaz. Sob essa ótica, existem diversos casos de morte de pacientes após a prescrição de medicamentos errados, e ao analisar o profissional responsável, é descoberto que esse não tinha a permissão de atuar na profissão. Exemplo disso, é o caso do Henzo Elias, um bebê do Amazonas que foi a óbito após tomar uma dose dez vezes maior de medicamento receitado por um médico sem o CRM (Conselho Regional de Medicina). Tal realidade demonstra um descaso do estado em relação a saúde pública.    Vale ressaltar, ainda, os casos de médicos que prejudicaram a vida de pacientes ao realizar operações concluídas com insucesso. Nesse contexto, o indivíduo que tiver um atendimento inadequado e negativo a sua saúde, tem o direito de recorrer ao tribunal de justiça. Assim como o médico deverá responder processos em caso de morte de algum paciente, como foi o caso da modelo Raquel Pontes. Após procedimentos estéticos realizados pelo Doutor Wagner de Morais, Raquel teve parada cardiorrespiratória e faleceu. Além disso, em uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi relatado que em 2015 houve 434 mil mortes causadas por erros médicos, superando o número de mortes culminadas pelo câncer. Essa realidade aponta para uma necessária reforma social.    Sendo assim, é fundamental uma ação conjunta entre o governo, mídia e a direção do Conselho Regional de Medicina, na qual essa, poderia aderir novos recursos para a retirada do número de CRM, como por exemplo, uma prova oral testando os conhecimentos do estudante recém-formado. Ademais, o governo juntamente da mídia, deveria realizar campanhas nos meios de comunicação que incentivasse as pessoas intencionadas a fazer algum procedimento cirúrgico, a pesquisarem melhor sobre seu médico e suas cirurgias anteriores. Dessa forma, as ocorrências de morte por erro médico serão mínimas, sendo oferecido a sociedade o direito da saúde digna.