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Enviada em: 07/10/2018

Paciente Prudente        Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos o indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Conquanto, os limites entre o erro médico e a responsabilidade criminal, no Brasil, impossibilita que a população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, esse problema deve ser superado de imediato para que uma sociedade saudável e justa seja alcançada.          É indubitável que, no contexto do século XXI, a forma de divulgação de um trabalho se dá, muitas vezes, por meio das mídias sociais. Por fruto disso, tem-se uma geração de médicos que realizam e marcam consultas pela internet. Um desses casos foi o do médico Denis Cesar, mais conhecido como "Dr. Bumbum", que divulgava e marcava seus procedimentos por meio do seu Instagram, médico o qual, segundo o portal G1, em meados de 2018 realizou um procedimento estético sem as medidas de segurança necessárias, levando a sua paciente ao falecimento poucas horas depois. Cabe à justiça brasileira julgar esses casos imprudentes, afinal, como disse o ativista político Martin Luther King, "A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em qualquer lugar".           Faz-se indispensável, ainda, salientar a falta de informação da população sobre o erro médico ser uma responsabilidade criminal como um problema vigente. Sabe-se que a medicina é muito valorizada dentro da cultura brasileira, nesse viés, os indivíduos tendem a não duvidar de uma opinião médica, seja sobre um diagnóstico, seja sobre a real necessidade de um procedimento cirúrgico e, ainda, não são informados que certos erros médicos podem ser julgados como crime. Essa situação ignóbil está relacionada à inexistência ou incipiência de políticas públicas que visem orientar o que fazer num caso de erro médico e informar seus resultados malfazejosos para a sociedade.          Pela observação dos aspectos analisados, faz-se necessário que o Estado, por seu caráter abarcativo, em união à Associação Médica Brasileira (AMB) promova uma campanha, que se chamaria "Paciente Prudente". Nela, médicos reconhecidos internacionalmente dariam palestras em escolas e universidade e participariam de programas e propagandas midiáticas com o intuito de informar para todos os brasileiros a importância de se procurar um bom atendimento médico e denunciar possíveis erros médicos. Alem disso, apresentariam formas de identificar possíveis atitudes não profissionais, com o objetivo de evitar esse cenário, logo,  essa ameaça constante à segurança na área médica brasileira poderá ser combatida.