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Enviada em: 08/10/2018

A Soberania Médica       Recentemente, a mídia divulgou diversas mortes ocasionadas por erros médicos decorrentes da imprudência, imperícia e negligências desses profissionais. Sabe-se que, estes, são apenas alguns de muitos outros  casos velados dentro de um ambiente hospitalar. E, apesar das responsabilidades civis e criminais existentes, erros médicos não são raros e ocorrem de maneira crescente, devido à ideia de soberania médica, ausência de fiscalização mais criteriosa e impunidade da categoria.     A formação médica é construída com base na cultura de que, " A clínica é soberana", no entanto, essa afirmação se contradiz com a realidade atual, onde, inúmeros erros médicos levaram ao aumento de óbitos e sequelas graves em pacientes. E, por entenderem que, a soberania é real,  um profissional, raramente, se opõe ou questiona a conduta do outro.     Outra preocupação constante, é a falta de fiscalização criteriosa nas atividades profissionais. já que, diversas clínicas permanecem em atividades, com profissionais atuando de forma indiscriminadas. Quando não, atuam em lugares irregulares, sem condições de atenderem à emergência, levando a risco iminente de morte do paciente, como o ocorrido com a bancária Lilian Calixto, atendida pelo médico Denis César, conhecido Dr. Bumbum.     Ainda convém lembrar que, apesar de diversas denuncias envolvendo erros médicos, a impunidade ainda se faz presente nos tribunais. Onde, quando são julgados, os réus são chamados de "doutores", muitas vezes, vitimizados, mantém suas atividades profissionais em exercício e por fim, muitos dos processos arquivados.     Por todos esses aspectos, entende-se que, é necessário que haja  aumento da fiscalização, de forma rígida e criteriosa, através de auditorias periódicas, realizadas por órgãos específicos, como Conselho Regional de medicina, com poder regulamentarístico. Além da criação de leis que visam realmente punir os maus profissionais para evitarem mais erros e mortes.