Materiais:
Enviada em: 08/10/2018

Ao longo da Idade Média, diversos alquimistas que exploravam as propriedades medicinais de determinadas ervas e atuavam como curandeiros, foram julgados como sendo bruxos pela santa inquisição. De maneira análoga, ainda hoje as entidades que detêm o poder político julgam médicos por diversas falhas cometidos e por não entenderem o que se passa no local de trabalho. Dessarte, eleva-se a problemática do erro médico, que avança intrinsecamente ligada à realidade do Brasil, seja pelo crescente número de mortes, seja pela irresponsabilidade de uma parcela dos profissionais que atuam de forma clandestina.   É indubitável que o número de mortes causadas por erro médico tem crescido de forma exponencial nos últimos tempos. Segundo dados estatísticos do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar a cada dia morrem poucos menos de mil pessoas devido a falhas médicas. Como resultado, a quantidade de pessoas que abrem processos judiciais contra hospitais e médicos aumenta cada vez mais. Entretanto, há uma discrepância entre irresponsabilidade pessoal e acidentes de trabalho. Ciente de tal fato, deve-se considerar que os profissionais da saúde são pessoas comuns que cometem erros como qualquer outra, apesar de seus equívocos ocasionarem possíveis óbitos..   Outrossim, é cabível enfatizar que há pessoas que atuam em procedimentos hospitalares de maneira irresponsável. Por vezes, muito brasileiros optam por serviços clandestinos, pois apesar de não terem garantia de que o profissional é qualificado para a tarefa, os serviços são mais baratos e mais rápidos. Logo, erros cirúrgicos ocorrem com maior frequência e os responsáveis por tal não são punidos, nem pela lei, nem pela própria consciência. Assim parece ser porque de acordo com Marcial, os coveiros fazem o mesmo trabalho dos doutores, pois são sempre responsáveis pelos defuntos, o que evidencia a frieza com a qual muitos dos médicos lidam com a morte. Ainda assim, a busca por clínicas ilegais aumentou nos últimos anos, de modo a prejudicar a fiscalização governamental sobre os médicos.   Portanto, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar um atendimento médico seguro para os brasileiros. Para tanto, os tratamentos médicos realizados por profissionais não qualificados requerem medidas mais efetivas para serem erradicados no país. Nesse sentido, o Governo Federal, através do Ministério da Segurança Pública, deve combater hospitais clandestinos, por meio de operações da polícia federal, com o objetivo de prender médicos irregulares e fechar hospitais não licenciados. Espera-se com isso que o número de casos de morte por erros médicos diminua de forma considerável, e a regulamentação acerca de centros de saúde garanta uma saúde mais competente e qualificada para os cidadãos.