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Enviada em: 19/11/2018

Desde de Hipócrates, grego considerado pai da medicina, até os dias hodiernos, essa ciência é a principal forma de garantir o bem-estar físico e a melhora na saúde para o ser humano. No entanto, após séculos de desenvolvimento nessa área o erro médico perpetua na sociedade tornando-se uma das maiores causas de morte nos hospitais. Diante disso, é imprescindível analisar os fatores que provocam o agravamento da problemática no âmbito nacional.       Em primeiro plano, percebe-se que a busca por um poder aquisitivo cada vez maior contribui para acentuar o impasse. De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, o fato social consiste em maneiras de pensar e agir que exercem poder de coerção sobre o indivíduo. De maneira análoga, o pensamento de muitos médicos visando, primordialmente, aos interesses financeiros em detrimento da prática médica bem feita pode se encaixar na teoria dessa pensador, haja vista que um profissional inserido em um âmbito social reprodutor desse comportamento tende a adotá-lo, também, em seu cotidiano. Dessa forma, é inaceitável que a medicina seja usada como um meio de enriquecimento monetário, o que contribui para aumentar as negligências nessa área.       Além disso, a falta de ética constitui um sério desafio para combater os constantes erros médicos. Segundo o professor Magalhães Noronha, o médico tem o dever ético de atuar com prudência, empenhando-se, de maneira solidária, pela saúde contra a doença, pela vida contra a morte. Entretanto, muitos profissionais têm atitudes inerentes à prática médica bem feita, ao utilizar dessa ciência para realizar procedimentos proibidos ou arriscados à saúde humana. Sendo assim, responsabilizar criminalmente um médico infrator é dever do estado e um direito da sociedade, para que essas pessoas pratiquem a profissão com consciência e dignidade valorizando a vida.       Portanto, combater o erro médico representa um sério desafio para o país. Posto isso, é substancial que esses profissionais priorizem a utilização do seu conhecimento acadêmico para gerar qualidade de vida à população, praticando a medicina com mais ética e empatia a fim de valorizar a qualidade de vida do paciente. Ademais, é de fundamental importância garantir a responsabilidade criminal dessas pessoas que agem com imprudência e são irresponsáveis perante à vida, para que os erros médicos sejam atenuados no país. Sendo assim, o juramento de Hipócrates, realizado por esses profissionais ao se formarem, não será apenas palavras ditas, mas que de fato esses indivíduos possam consagrar a sua vida a serviço da comunidade.