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Enviada em: 10/09/2019

"Acreditar na medicina seria loucura se não acreditar nela fosse uma maior ainda. Desse acumular de erros, resultaram algumas verdades." Essa célebre citação, proferida pelo escritor Marcel Proust, faz referência ao antagonismo entre a descrença coletiva na área medicinal em detrimento da titulação dos mesmos como "deuses", de modo a salutar a reificação humana. Dessa forma, torna-se fulcral analisar a equivocidade médica e sua relação com a pauta criminal.   Sob esse viés, é indispensável pautar a medicina como profissão iminente ao risco, de maneira a transfigurar um cenário fluido e alicerçado de temor generalizado. Prova disso é o filme "O físico", o qual preconiza a convicção de pacientes no "dom da cura" medicinal e descarte da possibilidade de erro, de forma a provocar sentimento de culpa  em procedimentos falhos e ocasionar a fuga do viés humanitário. Sendo assim, a crença na cultura ética torna-se cada vez mais uma utopia hodierna.     Ademais, a ruptura de direitos inalienáveis, bem como a vida, apresenta caráter de violação ética-jurídica quando enquadrado em atos intencionais, por parte do médico referente, de forma a transmutar um aspecto mais seletivo. Prova disso é a Escola de Alexandria, a qual simboliza uma instituição filosófica-científica na qual eram realizados testes em corpos, bem como o dissecamento destes, muitas vezes de modo obrigatório e errôneo, como paradoxo entre a subordinação da inadvertência e importância de descobertas cruciais à história medicinal. Sendo assim, presença de desacertos faz-se notória.     Infere-se, portanto, a permutação da perspectiva presente diante dos limites entre engano medicinal e recorrência criminal. Assim, urge à Mídia, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, o impulsionar de correntes conscientizais através de debates e análises de sua relevância  a fim de concretizar uma população isenta das amarras da alienação. Dessa forma, poder-se-á transformar o Brasil em uma nação vigorosa socialmente e suscitar um legado de pensamentos do qual Proust se orgulharia.