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Enviada em: 05/06/2019

Com o advento do neodarwinismo, as ideias do naturalista britânico sobre a evolução foram adicionadas com o conhecimento acerca da genética, consequentemente, foi possível compreender que a utilização indiscriminada de antibióticos contribui para selecionar as bactérias mais resistente e, assim, atenuar a ação desse. É nesse cenário, por sua vez, que se insere os perigos da indústria farmacêutica na hodiernidade. À vista disso, é imperioso afirmar que essa atividade é lucrativa, além disso, é importante atentar para o fato que os riscos dessa indústria notificam a falta de efetividade do que está estabelecido na Constituição de 1988 no que tange a saúde dos cidadãos.            A priori, o capitalismo tornou-se o modo de produção em evidência e, por conseguinte, foi possível perceber diversas vertentes que estavam relacionadas com a conjuntura social, política e econômica do período. Concernente a isso, independentemente de sua fase, seja mercantilista, industrial ou financeira, o lucro, no que lhe concerne, sempre foi a tônica desse modo de produção. Na contemporaneidade, uma pesquisa recente relatada pela Folha de São Paulo, em 2018, revelou que, mesmo em um cenário de crise econômica, o número de farmácias cresceu significantemente no Brasil. Dessarte, é possível perceber que a indústria farmacêutica tornou-se um negócio lucrativo e, portanto, de acordo com os moldes do sistema capitalista.         Outrossim, a Constituição de 1988 evidencia, por meio de artigos, que a saúde é um direito universal, o qual todos os cidadãos estão garantidos a tratamentos adequados de saúde, por exemplo. No entanto, como já foi supracitado sobre a indústria farmacêutica, é possível compreender, a partir da ótica do lucro, o porquê de mesmo sendo necessário a utilização de receitas médicas em alguns medicamentos ser negligenciada em algumas situações, como já notificou OMS- Organização Mundial de Saúde- haja vista que essa forma indiscriminada do uso inviabiliza o tratamento. Desse modo, ecoa o que elucidou o filósofo Henrique de Lima, que apesar de a sociedade ser avançada em suas razões teóricas, é indigente em suas razões éticas, já que a falta de um comportamento ético fere o que está garantido na Carta Magna, no tocante à saúde dos cidadãos.             Logo, é necessário que o Ministério da Saúde venha, por meio de palestras para o Poder Executivo, notificar sobre o uso indevido de remédios sem receitas que, dessa maneira, fomentam o lucro das empresas farmacêuticas. Para tanto é favorável convidar sociólogos que clarifiquem sobre essa questão, a fim de que leis sobre a utilização de medicamentos sem receitas sejam efetivadas por essa esfera do poder e, por fim, sejam penalizados, mediante multas, os responsáveis por essas ações. Dessa forma, atenuar-se-á, na contemporaneidade, os perigos da industria farmacêutica.