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Enviada em: 09/06/2019

O documentário "What The Health", produzido pela plataforma de filmes Netflix, retrata os diversos riscos causados pela indústria farmacêutica no mundo. Nesse sentido, o curta aborda a vida de Kip Anderson, um homem de 46 anos que decide investigar a indústria farmacêutica, após perceber quão dependente ele estava da mesma. Paralelo a tal documentário, sabe-se que a indústria farmacêutica nutre inúmeros perigos para a sociedade, dentre eles destacam-se a crescente introdução de remédios, o descarte incorreto e o risco de contaminação cruzada no processo produtivo.   Nesse contexto, é indubitável que existe uma rede de introdução de remédios cada vez mais intensa no mercado, visto que de acordo com o jornal O Globo, o mercado de vendas farmacêuticas no mundo cresceu cerca de 60%. Tal crescimento, é alimentado pela indústria farmacêutica, visto que a mesma promove um marketing em torno de diversas doenças, com a finalidade de lucrar. Todavia, tal marketing intenso pode provocar uma forte dependência química na população, como foi retratado pelo Estadão, em uma pesquisa feita em 2014, em que 4 entre 10 pessoas afirmavam que não poderiam  mais viver sem seus medicamentos, mesmo não possuindo nenhuma doença aparente.   Além disso, observa-se que com o aumento das vendas de remédios, tem-se também o aumento do descarte incorreto de medicamentos. Esses medicamentos, muitas vezes vencidos, são despejados em esgotos pelas indústrias farmacêuticas que, por conseguente, promove uma grande intoxicação nas águas dos rios e dos lagos. Tal panorama foi exposto pela  Política Nacional de Resíduos Sólidos, em que retratou um aumento de 30% dos descartes incorretos no Brasil, fato este que causou doenças dermatológicas, intensas dores de cabeça, diarreias e até mesmo crises psicológicas nas vítimas.    Ademais, convém lembrar que existe um risco de contaminação cruzada nas industrias farmacêuticas, ou seja, sem uma investigação eficiente do processo de produção, pode haver uma troca de materiais na linha de produção. Porém, observa-se cada vez menos a participação de pessoas analisando esse processo produtivo, já que na sociedade globalizada atual, é crescente o número de substituições  de funcionários por máquinas, fruto do processo de revolução industrial ocorrido no século XVIII.   Infere-se, portanto, que o Ministério da Saúde em conjunto com a ANVISA, promova, por meio de verbas governamentais, fiscalizações dos processos produtivos nas empresas, com a finalidade de investigar irregularidades presentes na fabricação e no despejo incorreto desses medicamentos. Tais análises seriam feitas todo o semestre e teriam que passar por rigorosas exames para proteger a população. Ademais, é necessário uma limitação, por meio de legislações, do marketing promovido pelas empresas farmacêuticas, com o fim  de impedir a intensificação do uso de tais medicamentos.