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Enviada em: 09/06/2019

Um hábito muito comum adotado por grande parte da população é a automedicação. As causas para sua existência são inumeráveis , dentre  tantas podemos facilmente mencionar algumas como a grande inviabilidade de uma boa parte das pessoas terem um acesso ao atendimento médico ou odontológico, seja por questões financeiras ou por próprio hábito de tentar solucionar os problemas de saúde corriqueiros tomando por base a opinião de algum conhecido mais próximo. Além disso, a alta frequência de propagandas através da mídia eletrônica é muitas vezes um fator contribuinte para a automedicação de pessoas leigas no assunto.   Dessa forma, por trás deste ato supostamente inepto e sem consequências está um problema alarmante em potencial a saúde. Paracelso, médico que viveu de 1493 a 1541, já afirmara que “a dose correta é que diferencia um veneno de um remédio” . Por isso uma dose acima da indicada , administrada por via inadequada (via oral, intramuscular, retal...) ou sem uso para fins não indicados, podem transformar um inofensivo remédio em um tóxico perigoso. Vale salientar, que, desde 2013, os farmacêuticos podem orientar e prescrever medicamentos que não necessitem de prescrição médica. Portanto, cabe ao farmacêutico orientar sobre os medicamentos que o paciente está comprando, inclusive os com apresentação de prescrição médica no ato da compra.    Por conseguinte, o medicamento toma papel proeminente dentro da consulta médica, além de fazer uma "economia", poupando trabalho político e pessoal necessário para a obtenção de saúde. A necessidade da prescrição para a obtenção do medicamento representa limitação da liberdade pessoal de busca imediata do alívio da sintomatologia, o que impede que o indivíduo faça preponderar sua própria experiência e vontade. Este desejo de consumo de medicamentos torna-se possível devido a fatores externos, como a cultura, a economia e aspectos legais que facilitam ou não impedem a posse e dispensão de medicamentos sem a apresentação da receita médica..    Destarte, a influência pelo o consumo onde as pessoas passam a consumir porque indicaram numa propaganda que tal medicamento é o correto, é levar a população ao uso indiscriminado de medicamentos sem qualquer orientação profissional. É colocar em risco a saúde pública para fins lucrativos e não para o bem da saúde. Diante disso, faz-se necessário não só a instituição de políticas públicas rígidas que permitam somente a venda de medicamentos por meio de receitas médicas, mas também a fiscalização para que haja o efetivo cumprimento das leis. Ademais, o investimento em meios que conscientizem e eduquem a população é de suma importância para que o consumo de medicamentos seja feito com responsabilidade.