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Enviada em: 16/06/2019

Com o advento da Revolução Técnico Científica o crescimento dos investimentos na área da saúde foi de suma importância na descoberta de tratamentos ou até da cura de variadas doenças. No entanto, paralelamente a isso, nota-se a extrema lucratividade da Indústria Farmacêutica que, por meio do marketing, estimula além da dependência medicamentosa dos cidadãos uma cultura de automedicação no país, em prol apenas do acúmulo de capital. Nesse sentido, seja pela falta de fiscalização ou consientização a problemática torna-se agravante.    Em primeira análise, deve-se pontuar que, de acordo com o pensador Bauman em sua obra Modernidade Líquida, os laços humanos estão cada vez mais fragilizados. Sob essa ótica, fica evidente que a capitalização massiva da Indústria Farmacológica suprime, muitas vezes, a real necessidade do uso de remédios, visto que a população, manipulada pelo meio midiático, acredita que para qualquer situação adversa é preciso medicar-se, seja para dor de cabeça, depressão, dores musculares, etc. Porém, as mazelas desse estímulo capitalista são lastimáveis, como a dependência química e efeitos colaterais do excesso de medicamentos.    Além disso, vale ressaltar que a inobservância do Poder Público está intimamente relacionada a cultura da automedicação no Brasil, pois as facilidades de adquirir medicamentos permite que o cidadão não consulte um médico. Sendo assim, como explicita Darwin, na teoria da seleção natural, o uso indiscriminado de remédios pode acarretar no crescimento da dificuldade de tratar certas doenças, prejudicando a população geral.    Diante dos fatos supracitados, é preciso que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por meio do redirecionamento de verbas, aumente o número de profissionais que fiscalizem farmácias, em âmbito nacional, no intuito de reduzir a compra de remédios sem receita. Ademais, a União, consoante a Mídia, deve divulgar campanhas de consientização nos meios digitais sobre a importância do consumo consiente de medicamentos, assim, a saúde da sociedade civil estará preservada.