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Enviada em: 25/06/2019

No século XX, o médico Fleming descobriu o primeiro antibiótico, a Penicilina, muito eficiente para o tratamento de doenças bacterianas. Todavia, a falta de controle de vendas pelos farmacêuticos acarretou no uso desordenado do medicamento por parte da população, ocasionando a ineficácia do remédio por alguns organismos. Sendo assim, os fármacos devem ser utilizados em último caso, por possuírem efeitos colaterais e o uso desordenado sem indicação de um médico pode prejudicar a saúde das pessoas. Nesse sentido, fatores educacionais e econômicos constituem esse empecilho.   A princípio, a automedicação é um problema de saúde pública. De acordo com o ICTQ (Instituto de pós-graduação para profissionais do mercado farmacêutico), aproximadamente 80% da população adulta brasileira consegue comprar um medicamento sem indicação médica. Tendo em vista, o fácil acesso é o um dos fatores para o uso indiscriminado dos fármacos no Brasil. Logo, sem informação a respeito da finalidade de determinado remédio, efeitos colaterais ou interações medicamentosas, pode não apenas resultar na continuidade da doença, mas também em uma piora do caso, óbito ou perda da função de determinados órgãos.   Em outra perspectiva, a busca constante da indústria farmacêutica pelo lucro, sobrepõe o respeito à vida. Uma vez que que alguns medicamentos tratam uma enfermidade, mas afetam outra parte do corpo. Consequentemente contribuindo para um ciclo vicioso, pois ao ingerir um remédio e ele causar reações a tendência é tomar outro para curar, tornando assim um estágio em busca do bem-estar. Além disso, tal problemática é negligenciada nas escolas e nas famílias, as pessoas se deixam influenciar pela mídia, que introduz cada vez mais medicamentos que "curam" problemas frequentes, e deixam de se informar a respeito dos riscos dos remédios.   Portanto, é evidente os perigos da indústria farmacêutica. Nesse viés, é necessário que o Ministério da Saúde, juntamente com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aumentem a fiscalização entre laboratórios farmacêuticos e drogarias, para averiguar a venda de medicamentos sem  prescrições médicas. Ademais, as instituições de ensino devem promover aulas e palestras com a finalidade de informar os jovens sobre o assunto e incentivem a busca pelo conhecimento dos efeitos e malefícios do uso incorreto dos medicamentos. Para que assim, a população possua a consciência dos riscos da indústria farmacêutica e utilize os fármacos apenas com a demanda de um médico.