Materiais:
Enviada em: 01/07/2019

Desde que a medicina começou a desenvolver-se na Grécia Antiga, os médicos tornaram-se parte essencial da sociedade. Porém, com o advento da internet, a procura por especialistas diminuiu devido a facilidade de encontrar diagnósticos e prognósticos online. Desse modo, muitas pessoas recorrem ao uso indiscriminado de medicamentos, tendo como base apenas os dados obtidos virtualmente e, também, incentivados pela indústria farmacêutica que cresce exponencialmente no mercado de ações.     Em primeiro lugar, é importante ressaltar que, de acordo com o médico oncologista Antônio Dráuzio Varella, o uso de medicamentos inadequados pode mascarar os sintomas de um problema de saúde mais grave. Assim, pessoas que recorrem à automedicação, correm o risco de permitir que uma doença grave se desenvolva de modo silencioso e, concomitantemente, surjam outras enfermidades. Uma pesquisa realizada pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas, mostrou que no Brasil, em 2016, 33% das internações que ocorreram em humanos foram causadas por medicamentos.    Ainda, outro fator a salientar é que a comercialização de medicamentos considerados de ‘’venda livre’’ – medicamentos isentos de prescrição – é um dos maiores geradores de lucro para a indústria farmacêutica. Segundo a IMS-Health, só a fabricação de aspirina movimenta aproximadamente 700 bilhões de dólares por ano. Logo, percebe-se que a indústria de medicamentos tem seu papel no incentivo à automedicação, pois, para conseguir manter seus lucros crescendo exponencialmente, se utilizam de propagandas de remédios capazes de gerar alivio rápido para dores intensas.   Destarte, faz-se imprescindível a tomada de medidas que revertam o entrave abordado. Posto isso, concerne ao Estado, mediante poder Legislativo, a criação de leis e normas que dificultem o comércio indiscriminado de fármacos, por meio da diminuição da lista de medicamentos chamados de “venda livre”, assim, poderá ter um maior controle sobre a venda e uso de medicamentos sem receita médica. Por fim, o Ministério da Saúde deve desenvolver propagandas nos meios midiáticos, que conscientizem a população sobre os riscos da automedicação.