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Enviada em: 05/07/2019

Sabe-se que o advento da indústria farmacêutica, de modo geral, beneficiou bastante o campo da saúde pública, visto que os fármacos desempenham um papel importante no tratamento de diversas doenças. Entretanto, esse tipo de indústria também apresenta perigos, o que deixa perguntas como estas: quais são esses perigos? O que fazer para resolvê-los?   Primeiramente, um dos principais perigos apresentados por esse tipo de indústria é a questão do lucro acima de tudo. De acordo com o médico brasileiro Drauzio Varella, numa de suas palestras, esse fato pode ser perfeitamente observado durante a produção de alguns remédios por parte dessa indústria, que os desenvolve sem o potencial de cura necessário, fazendo com que seus usuários sempre retornem para os comprar novamente, assim, gerando mais lucro para esse setor.   Em segundo lugar, o aparelhamento da formação médica é outro perigo manifestado pela indústria farmacêutica. De acordo com o nutrólogo e ex-professor de medicina de Harvard, o brasileiro Lair Ribeiro, numa de suas entrevistas, essa indústria está, cada vez mais, tomando conta da formação médica, no sentido de alterar a grade curricular para privilegiar uma formação pautada na receita de fármacos como solução. Desse modo, deixando aspectos importantes, como a nutrologia, de lado.   Destarte, entendendo que os perigos da indústria farmacêutica são, principalmente, a questão do lucro acima de tudo e o aparelhamento da formação médica, cabe o órgão público responsável pela saúde, como o Ministério da Saúde, no Brasil, obrigar a essa indústria a desenvolver fármacos com um maior potencial curativo, por meio da implementação de leis rígidas para selecionar e legalizar esses remédios, dessa maneira, aumentando a expectativa de vida das pessoas que dependem deles. Por fim, os órgãos reguladores da educação, como o MEC (Ministério da Educação), no Brasil, devem desaparelhar a formação médica, mediante reformulação da grade curricular dessa profissão, para que esses profissionais da saúde forneçam alternativas menos artificiais no tratamento de seus pacientes.