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Enviada em: 01/08/2019

A descoberta da penicilina, pelo biólogo Alexander Fleming, no início do século XX, foi uma descoberta medicinal que revolucionou a história da indústria farmacêutica. Atualmente, no entanto, essa indústria causa alguns impactos negativos na sociedade, como a influência sobre a prescrição de medicamentos e a propagação da prática da automedicação. Diante dessa perspectiva, torna-se necessário o debate sobre o tema.     Convém analisar, primeiramente, o impacto negativo na medicina, por parte das empresas fabricantes de remédios. Examinando-se o setor medicinal atualmente, verifica-se, em muitos casos, o peso da indústria farmacêutica na decisão dos médicos. Isso ocorre devido ao fato desses profissionais favorecerem certas empresas, receitando exclusivamente seus medicamentos aos pacientes, em troca de recompensas. Tal situação pode ser comprovada pela investigação realizada pelo jornal The New York Times, na qual confirmou-se que o médico norte-americano Michael Holick, famoso defensor da utilização de medicamentos e suplementos que possuem vitamina D, recebia dinheiro da indústria farmacêutica pelas indicações que fazia.          Cabe destacar, também, um outro perigo relacionado a essa indústria, o hábito da automedicação. Dada a importância dos supracitados avanços medicinais, seria sensato pensar que a sociedade fizesse somente bons usos dessas descobertas. Entretanto, essa não é a realidade, e o que vê-se, comumente, é uma má utilização desses remédios, como a prática da automedicação, definida como a ingestão de medicamentos sem a orientação médica, algo que pode ser extremamente prejudicial para o organismo. Isso pode ser confirmado por meio de pesquisas, como o levantamento realizado pelo Conselho Federal de Farmácia, em 2019, no qual revelou-se que a automedicação é um hábito comum para 77% dos brasileiros.        Fica claro, portanto, a necessidade da tomada de medidas que possam resolver essa problemática. Nesse sentido, o Governo deve criar campanhas de conscientização contra a prática da automedicação. Isso pode ser feito por meio da elaboração de cartazes, que devem ser colocados nos postos de saúde e hospitais públicos, contendo informações a respeito dos perigos desse mal hábito. Além disso, o Governo deve aumentar a fiscalização sobre as empresas fabricantes de remédios, com o objetivo de evitar possíveis esquemas desonestos, que envolvam a participação de médicos. Espera-se que com essas medidas a indústria farmacêutica possa trazer apenas benefícios para a sociedade.