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Enviada em: 05/07/2019

O desenvolvimento industrial brasileiro na Era Vargas no que tange a produção de fármacos passou a ser em massa, favorecendo o acesso à população dessas substâncias, e, deu um caráter capitalista ao que se tornou a indústria farmacêutica. A automedicação é um dos perigos e um grande problema para a indústria farmacêutica que, para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é um caso de saúde pública.       É importante de início, pontuar que o crescimento do cenário tecnológico e de marketing digital, somado à deficiência do sistema de saúde, tem contribuído de maneira significativa para consolidação dos usos indiscriminados de medicamentos. Com a ascensão do Meio Tecnológico Informacional no final do século XX, ocorreu uma expansão das propagandas através da televisão e internet, e, os produtos começaram a ser amplamente divulgados, inclusive os remédios. Por consequência, virou corriqueira a ação de se automedicar na sociedade, fato esse que diminui a procura por médicos e faz com que através de pesquisas virtuais e acesso comercial, as próprias pessoas se autodiagnostiquem e tomem decisões que devem ser tomadas por um profissional da saúde.       Além disso, deve-se salientar que a falta de eficiência no sistema de saúde é responsável pelo encorajamento e instigação dessa prática. De acordo com o filósofo Rousseau, a liberdade natural do homem, seu bem-estar e sua segurança seriam preservados, através do contrato social no qual o Estado visaria a harmonia no país e faria valer os direito e deveres dos cidadãos. No contexto atual brasileiro esse princípio tem sido violado no prisma do cenário da saúde, com vários hospitais em situação precária e sem a capacidade de atender dignamente as pessoas. A falta de atendimento e informação a respeito da finalidade de determinado medicamento e seus efeitos colaterais ou interações medicamentosas, não apenas podem resultar na continuidade de determinada doença, mas também em uma piora do caso, óbito ou perda da função de órgãos.       Dessa maneira, é de suma importância que medidas para diminuição da automedicação no Brasil sejam tomadas. Para isso, o Estado precisa controlar as vendas , e, principalmente as propagandas de medicamentos no país, através da criação de leis mais rigorosas em relação a venda desses produtos e forte fiscalização no modo de divulgação dessas substâncias, pois como estas têm sido feitas acabam manipulando as pessoas. Somado a isso, o Ministério da Educação deve alertar a população de forma concisa e clara sobre os riscos do uso de remédios sem orientação médica, por intermédio de propagandas de rádio, televisão e redes sociais. Com isso, os perigos da indústria farmacêutica diminuirão.