Materiais:
Enviada em: 05/07/2019

No romance “o cortiço” Aluísio de Azevedo descreve o conjunto habitacional como ambiente e representante da decadência humana e suas contradições coletivas. Hodiernamente, o romance assemelha-se à problemática da inadequação no uso de substâncias na medida em que a crítica presente na obra naturalista não reflete apenas a busca por soluções imediatas como também os prejuízos sociais fomentados em decorrência da ignorância popular.     Mormente, a constituição cidadã de 1988 profere a saúde coletiva como primazia na sociedade brasileira, todavia, o exagero da indústria de medicamentos impulsiona o alto consumo por parte da população, e é de certa forma encorajada por promoções de vitaminas e remédios populares, passiveis de prejuízo quando em excesso. Destarte, a incapacidade do estado de regular a venda de medicamentos sem prescrição medica são indicativos importantes de que o poder executivo não irroga plenamente seu papel.     Outrossim, Segundo o jornal “Folha de são Paulo” o brasil está entre os países com maior índice de automedicação do mundo. É imperioso destacar que o uso de propagandas por parte do mercado da saúde incentivam o alto consumo de fármacos . Nesse âmbito, a cegueira moral, fenômeno exposto por José Saramago em sua obra ”Ensaio sobre Cegueira“, caracteriza a alienação da sociedade frente às demais realidades sociais resultando no uso e inadequado e por vezes abusivo de medicamentos.     Depreende-se, portanto, que o notório abuso da indústria farmacêutica em decorrência aos anseios capitalistas pode ser muito prejudicial ao cidadão. Nesse sentido, é premente que o ministério da saúde em consonância com o CONAR regule a situação. Ao primeiro é factível controlar a distribuição de determinados medicamentos, por meio da fiscalização em drogarias. Ao segundo cabe regular uso da propaganda a fim de diminuir os abusos existentes assim, será possível restringir, de fato, a literatura brasileira à ficção.