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Enviada em: 13/07/2019

No início do século XX, com a descoberta da penicilina, pelo biólogo Alexander Fleming, o cenário da indústria farmacêutica passou por uma revolução. Tal fator foi um grande catalisador no tratamento de várias doenças causadas por bactérias e propulsor do crescimento exponencial da indústria de fármacos. Todavia, por mais que esse setor traga diversos benefícios para a sociedade, ele também proporciona impasses, uma vez que a ambição capitalista da indústria fomenta o verme da automedicação que, quando desenfreada, gera uma reação em cadeia, propiciando o desenvolvimento de problemas mais graves.       Primeiramente, é preciso destacar que, com a noção capitalista que objetiva o lucro, a automedicação se torna uma consequência desse fator. Nesse sentido, observa-se que, com a grande capacidade de gerar capital, a indústria farmacêutica disponibiliza propagandas dos mais diversos tipos de medicamentos que, em sua maioria, são fáceis de comprar, visto que não possuem prescrição médica. Sendo assim, a facilidade de compra incetiva o consumo e, por conseguinte, a automedicação.  Dessa maneira, a ganância capitalista se choca com o imperativo categórico, do filósofo Kant, que ressalta que o certo é agir de acordo com valores universais e isentos de interesses particulares, o que não é observado nesse ramo industrial.        Não obstante, o uso descontrolado de remédios, facilitado pela indústria farmacêutica, leva a consequências que, às vezes, podem ser fatais. Assim sendo, quando os medicamentos são consumidos de forma incorreta, seja pela automedicação, uso exacerbado ou combinação inadequada, seus efeitos podem ser anulados ou potencializados. Outrossim, pode-se desenvolver reações alérgicas, dependência, morte e bactérias super resistentes. Um exemplo desse último fator citado é a bactéria da Supergonorreia, que se tornou resistente a alguns antibióticos. Logo, a falta de informação a respeito da finalidade de determinados remédios acarreta em tais implicações.       Fica claro, portanto, que medidas precisam ser aplicadas, a fim de minimizar os impactos dos perigos da indústria farmacêutica. Logo, o governo Federal deve criar projetos de leis que visem  a diminuição da quantidade de propagandas promovidas pela indústria de medicamentos, com o objetivo de reduzir o consumo e, também, a automedicação. Para além, é importante que o Ministério da Saúde distribua cartilhas informativas em farmácias, que devem ser entregues ao final de cada compra, com o objetivo de mostrar os riscos da automedicação e inibir o uso exacerbado de fármacos. Com tais propostas operadas, a população ficará mais consciente e informada dos riscos que o uso indevido e desenfreado de remédios pode causar.