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Enviada em: 10/08/2019

Na obra "O Futuro da Humanidade" de Augusto Cury, é retratado a vida de um jovem médico crítico que em uma palestra de divulgação de novos fármacos, ele questiona o palestrante a respeito dos resultados obtidos, afim de demonstrar como a indústria farmacêutica manipula e ganha em cima dos pacientes. Fora da ficção, no Brasil, é visível a manipulação e a venda de sintomas de doenças, fato ocasionado por consequência do elevado número de pessoas moldáveis no país. Ademais, as grandes empresas do ramo farmacêutico acabam obtendo um lucro exagerado por conta desse público, semelhante ao que é visto em o Futuro da Humanidade.                Em primeiro lugar, é importante destacar que, é nítido que vários indivíduos da sociedade quando expostos ao medo e em especial o medo de contrair ou desenvolver alguma possível enfermidade, estes tendem a reagir de modo equivocado, como, por exemplo, salientar que a internet é um meio mais confiável do que uma consulta com um profissional. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman em sua teoria "Modernidade líquida", a sociedade é como um líquido que não importa o recipiente estará sempre se moldando para preencher os espaços vazios. Assim, diversas empresas que produzem fármacos, utilizam dessas características da sociedade para facilmente atingir a população que aceita de modo passivo o que lhes é submetido.            Por consequência, somado com o advento da Revolução Industrial ocorrida em meados do século XVIII, aonde os meios de comunicações se desenvolveram de maneira muito acelerada, muitos indivíduos preferem pesquisarem seus sintomas na internet e se automedicarem. Outrossim, segundo uma pesquisa realizada em 2014 entre 12 capitais brasileiras pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), aproximadamente 80% dos pesquisados afirmam terem praticado o ato de se automedicar. Por conseguinte, é fato que tais pessoas que realizam a ação tendem a desenvolver problemas de saúde, decorrente do uso inapropriado desses medicamentos.            Em suma, o problema está inserido na sociedade e deve-se criar e adotar medidas cabíveis para amenizar a situação. Portanto, o Governo Federal, juntamente com o Ministério da Saúde, devem fiscalizar e cobrar as empresas que fabricam medicamentos desnecessários por meio de verbas governamentais para contratar agentes especializados para realizar a ação, tendo como finalidade adquirir um maior controle dos remédios produzidos no país, Dessa forma, se devida medida for adotada, o Governo estará garantindo e se preocupando com a saúde dos cidadãos brasileiros que deixaram de ser expostos à essa gama ilimitada de fármacos que podem ser prejudiciais à saúde.