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Enviada em: 18/07/2019

Hugh Lacey em seu livro "Valores e Atividade Científica 1" aborda uma discussão complexa acerca da influência da cultura na produção científica da sociedade. Ao questionar a superioridade da ciência, bem como das pesquisas científicas, pode-se levar em consideração aspectos e os perigos ligados a indústria farmacêutica no que diz respeito a realização de pesquisas e na disseminação de ideias de facilidade e auto-medicação.      À vista disso, destaca-se a atuação das propagandas no controle da informação, pauta evidenciada pela reportagem apresentada no Estadão e feita em conjunto com a Faculdade de Ciências farmacêuticas da USP, que expõe os efeitos da propaganda irresponsável e ressalta que os remédios se tornaram bens de consumo. Com isso, há uma crescente execração pela procura de médicos e uma contínua busca por uma autonomia.        No entanto, seguindo a hermenêutica de Lacey, identifica-se limites aos valores cognitivos que pautam-se na neutralidade. Tal conceito entra em conflito com a informação propagada pela grande mídia que deixa de lado noções primordiais de prevenção e cuidados pessoais, como por exemplo a alimentação. Dessa forma, a omissão dos pontos negativos sobre a medicação contribui para a excessiva procura de remédios como solução imediata.         Por conseguinte, faz-se necessário o debate sobre a importância do alastramento de informações relevantes e precisas para diminuir os índices de pessoas que se auto-medicam. Por meio de caravanas de saúde, de propagandas financiadas pelo governo no intuito de informar os males da medicação excessiva e investimento em uma formação humanística dos médicos, suporta-se mudança no corpo social. Junto a isso, a OMS deve analisar e fiscalizar os métodos de tratamento e encorajar a população a cuidar da alimentação findando algumas doenças, igualmente a industria farmacêutica deve evitar tratar remédios como simples bens de consumo.