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Enviada em: 14/08/2019

No ano de 1960 uma empresa farmacêutica tentou liberar a droga talidomida nos Estados Unidos mesmo após saber que esta causava má formações fetais. Consoante à isso, atualmente, tais indústrias ainda não se preocupam em garantir a saúde do paciente, mas em obter capital. Dessa forma, o mundo da internet facilitou os autodiagnósticos acarretando em uma maior compra de remédios baseados em propagandas, assim, a saúde e a ética das empresas criam embates que problematizam a sociedade atual.        A gama informacional proporcionada pelo mundo online cria na população um falso ideal de compreensão acerca dos fenômenos, principalmente em relação a saúde. Nesse cenário, atrelado com as propagandas farmacêuticas, que voltam todo o seu marketing para a doença, faz com que muitas vezes o indivíduo compre o produto sem o diagnóstico médico, apenas com informações da própria propaganda e da internet. Dessa maneira, o risco de ingerir medicação errônea, causando até mesmo crises alérgicas ou efeitos adversos é imenso, pois, a pessoa não conhece de fato à qual doença os sintomas correspondem.         Sob outro viés, a sociedade capitalista na qual estamos inseridos, torna comum desvios éticos com objetivo de obter mais mercado. Nessa perspectiva, pode-se citar a empresa norte-americana Abbrie, que lançou duas campanhas, fazendo as pessoas acreditarem que uma possível dor nas costas era sinônimo de algo mais grave. Assim, enfermidades mais graves podem se manifestar, uma vez que não houve diagnóstico médico, e remédios são vendidos com a disseminação de doenças que a pessoa, majoritariamente, não possui.          Portanto, para que haja harmonia nesse âmbito e episódios como o ocorrido nos EUA em 1960 não se repita, é necessário ação. O Ministério da Saúde, por meio de campanhas e palestras em ambientes comunitários, com a presença de médicos e enfermeiros, pode conscientizar a população à respeito da importância de se medicar apenas após o laudo profissional, para que dessa maneira, não sejam tão influenciados pelo marketing farmacêutico e pela internet. Já Organizações Não Governamentais, em conjunto com a população, por meio de mobilizações nacionais, podem lutar por uma fiscalização mais rígida nesse setor, aumentando assim, a segurança do consumidor.