Materiais:
Enviada em: 25/08/2019

Em 1928, o médico Alexander Fleming descobre uma substância capaz de eliminar inúmeras bactérias – mais tarde conhecida por penicilina – a descoberta foi um marco na indústria farmacêutica que produziu o composto em larga escala para atender a demanda de feridos na 2° Guerra Mundial, evitando dezenas de milhares de morte. Entretanto, hodiernamente com a enorme quantidade de substâncias e a relativa facilidade de adquiri-las sem nenhuma prescrição médica pode representar um problema de saúde pública.        Nesse sentido, há de se analisar como a auto prescrição e o interesse comercial corporativo contribuem para a problemática em questão. Em primeiro lugar, o uso indiscriminado de medicamentos sem nenhuma prescrição médica é um entrave a ser resolvido. Isso ocorre, pois, diariamente as pessoas utilizam substâncias para combater dores de cabeça ou inflamações e não veem a necessidade de irem ao médico para conseguir a devida prescrição e não são capazes de vislumbrar os possíveis efeitos colaterais, bem como a resistência ao medicamento que pode ser adquirida. Essa prática de automedicação se manifesta nas atitudes imprudentes de parcela da população que ingere medicamentos como Tylenol e o ácido acetilsalicílico (AAS). Dessa forma, é importante uma conscientização da população acerca do uso de substâncias farmacêuticas.         Associado a isso, a rápida expansão da indústria farmacêutica com o intuito de atender benefícios próprios e gerar lucros exorbitantes é um fator a ser questionado. Nesse viés, o documentário “What the Healt”, disponibilizado na plataforma de Streaming Netflix, mostra a negligência dos órgãos reguladores de medicamentos dos Estados Unidos ao aprovarem substâncias altamente prejudicais à sociedade. Isso ocorre devido ao forte Lobby no mercado farmacêutico que, mesmo sabendo dos inúmeros riscos que uma nova substancia pode acarretar no indivíduo, a médio e longo prazo, não segue as diretrizes para a liberação do medicamento e põe em risco milhares de pessoas somente pela avidez de lucro. Dessa forma, é importante uma melhor regulação dos medicamentos disponibilizados à população.       Portanto, para combater os malefícios que a indústria farmacêutica pode acarretar, o Ministério da Saúde com o auxilio da ANVISA, por meio de debates, propagandas nos meios digitais e palestras abertas à comunidade, deve alertar acerca dos riscos que o uso indiscriminado de medicamentos pode acarretar, assim como realizar uma forte fiscalização e vários testes antes de liberarem um novo medicamento para venda. Desse modo, as consequências à saúde serão mitigadas, e o progresso cientifico continuará o legado de Fleming.