Materiais:
Enviada em: 24/09/2019

Durante a história do Brasil, povos indígenas, como os tupinambás, utilizavam-se da flora brasileira para a obtenção de substâncias com caráter medicinal. Hodiernamente, a indústria farmacêutica ainda utiliza em seus medicamentos vários princípios ativos retirados da natureza. Entretanto, devido ao caráter capitalista do mundo, tais produtos são produzidos e vendidos em larga escala, tendo seu consumo incentivado. Sendo assim, surge uma problemática que está relacionada não só à automedicação, mas, também, aos danos que tal atitude pode trazer, necessitando-se de medidas para atenuar tais entraves.        Deve-se pontuar, de início, que o incentivo a compra de medicamentos é um dos principais responsáveis pela automedicação do brasileiro. A respeito disso, segundo dados do Estadão, os laboratórios investiram cerca de 8,1 bilhões de reais em propagandas de remédios comercializados sem receita médica. Dessa forma, os cidadãos são bombardeados diariamente na internet e na televisão por propagandas que incentivam o consumo de substâncias para tratamento de gripes, dores de cabeças e afins, mas dão pouca ênfase ao consumidor para procurar ajuda médica, apenas "se persistirem os sintomas".          Além disso, a facilidade de acesso a medicamentos e o incentivo ao seu consumo traz uma série de consequências para a saúde pública. Quanto a essa questão, segundo dados do site G1, os medicamentos são uma das principais causas de intoxicação no país e mascaram sintomas de outras  doenças mais graves. Os antiácidos, por exemplo, podem mascarar uma úlcera ou gastrite, assim como analgésicos não curam enxaquecas e podem fazê-las piorar. Desse modo, milhares de brasileiros posteriormente têm doenças que foram mascaradas ou desenvolvidas pelo uso indiscriminado dos remédios.        Portanto, indubitavelmente, há desafios a serem superados para atenuar a problemática exposta. Para que aja o combate efetivo da automedicação, causada pela indústria, urge que o Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) interfira na veiculação de publicidades envolvendo medicamentos, por meio da imposição de medidas regulatórias como: durante a veiculação da propaganda, as empresas devem alertar os consumidores sobre a busca de médico especializado, através de uma mensagem clara e objetiva, a qual deve, também, mostrar os possíveis riscos do uso de tal químico. Dessa forma, a saúde do cidadão brasileiro será devidamente respeitada.