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Enviada em: 27/10/2017

Na Grécia Antiga, os sofistas acreditavam na relativização e na mutabilidade da verdade, o que resultou em uma didática que era cobrada para ser ensinada e que oferecia táticas de convencimento que poderiam ser utilizadas para manipular debates supostamente democráticos. Nesse contexto, o Brasil vivencia a preocupação com os efeitos negativos das "Fakes News", oriundos da propagação do conceito de "pós-verdade", que contribuem não só para a alienação social, mas também para a perpetração de notícias falsas no país, e medidas precisam ser tomadas.        A priori,o problema reside na superficialidade da percepção informativa que grande parte da sociedade se condiciona. Nesse contexto pós-verdade, que é caracterizado pela falta de análise e aprofundamento do conteúdo de algo disseminado em um ambiente virtual, gera inúmeros problemas para o convívio social, pois corrobora para ampliação e distribuição das notícias sem veracidade. Contudo, essa permissividade excessiva de informação desregulada aliada à ausência de um engajamento crítico pode ser aproveitada não apenas pelos grandes idealizadores de marketing,bem como pelos próprios fundadores de redes,como o Facebook e o Google.a leitura de notícias falsas superou a das verdadeiras antes das eleições nos Estados Unidos .               A posteriori,na semana anterior ao impeachment de Dilma Roussef, três das cinco notícias compartilhadas no Facebook eram falsas,além disso, o Ibope mostrou que mais da metade dos entrevistados admitiram que serão influenciados pelas redes sociais nas eleições de 2018. Tal fato deve-se à ausência de um controle jurídico eficiente nas redes sociais, sobretudo, que propicia à livre circulação de informações falsas.Dessa maneira, é possível compreender que a permissividade das 'Fake News' nos meios de comunicação pode ter sido responsável por alterar o curso democrático de um país, uma questão que pode colocar em risco a integridade democrática brasileira.                 Em síntese, a problemática discutida necessita ser amenizada.O Ministério da Ciência,Tecnologia, Informações e Comunicações junto com setores da informação, como o Google e o Facebook devem desenvolver um algoritmo que verifique a veracidade das informações compartilhadas, além de divulgarem campanhas midiáticas que fomentem a busca por fontes secundárias de informação. Por conseguinte, o algoritmo mencionado deverá atribuir um selo de segurança após comparar a notícia com outras fontes, a fim do combater notícias falsas reduzir a alienação social.Paralelamente,o Poder Público deve criar projetos de lei para regulamentar a divulgação de materiais de caráter informativo nas redes sociais, por meio de classificar como criminosas as fontes de informações falsas, a fim de ampliar as punições pelas divulgação de mensagens fictícias.