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Enviada em: 30/10/2017

O termo hoax, no âmbito da informática, é utilizado para designar boatos compartilhados na internet. Nesse contexto, as fake news -falsas notícias- instigam uma grande massa de pessoas a acessar conteúdos ilegítimos, uma vez que apresentam cunho apelativo nas manchetes. Sob essa perspectiva, é fundamental analisar os fatores que contribuem para os riscos dessa pandemia na era da informação.            Em primeiro plano, motivações como: denegrir imagem de outrem, espalhar ideologia política e lucrar com a divulgação de falsas notícias, estimulam a circulação dos fake news. Parafraseando o escritor Guy Debord, a sociedade é mediada por imagens. Nesse viés, sites maliciosos copiam designers próprios de jornais idôneos, afim de propiciar verossimilhança aos dados sensacionalistas. Consequentemente, esses factoides  são compartilhados  por uma gama de pessoas que acreditam nas mentiras declaradas. Prova disso foi a repercussão mundial do boato de que o Papa francisco apoiou  a candidatura de Donald Trump.             Outrossim, internautas costumam compartilhar notícias alarmantes sem verificar a veracidade dos fatos. Consoante a Organização das Nações Unidas, as fake news são uma preocupação global, visto que podem incitar a violência. Dessa forma, casos como o da dona de Casa Fabiane Maria de Jesus, que foi morta devido a divulgação de rumores de envolvimento em magia negra com crianças, no Brasil, são perigos que podem acentuar-se na sociedade, caso não haja um combate a esse mal.          É imprescindível, portanto, que as motivações que acentuam a propagação das fake news bem como o descaso dos indivíduos com a veracidade dos fatos sejam reduzidos. Dessa maneira, as instituições de ensino, como formadoras de senso crítico, devem ensinar seus alunos a identificarem boatos na internet. Aulas de português voltadas para reconhecer possíveis erros gramaticais e tons apelativos nas notícias, além de trabalhos que alertem sobre as consequências danosas dos boatos devem ser fomentadas, a fim de mitigar a propagação de conteúdos que denigram a imagem de outrem, assim como, estimular a degradação do mercado das falsas notícias.