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Enviada em: 28/10/2017

A análise histórica comprova que o acesso à informação já foi extremamente limitado, sobretudo na Idade Média, até o florescimento dos ideais Iluministas e da Enciclopédia. Atualmente, a internet aparece como ferramenta que dinamiza o acesso à informação. Assim, torna-se comum a distorção de fatos e a criação de notícias faltas. É a ausência de senso crítico, em consonância com a utilização das redes sociais e a corrida por informação, que favorecem a proliferação de tal conteúdo.     Nesse sentido, é necessário destacar a importância da leitura na formação de senso crítico. A leitura é uma prática que deve ser incentivada desde a infância, uma vez que favorece a criatividade, bem como permite que o indivíduo resolva situações-problemas. Segundo dados do Ibope, cerca de 30% da população brasileira nunca comprou um livro e raramente busca uma biblioteca. Esse dado explica a vulnerabilidade de grande parcela da população à notícias duvidosas.     Não obstante, as redes sociais e a corrida pela informação estão diretamente relacionadas ao problema. De fato, a imprensa não cumpre seu papel de passar informação de forma imparcial, à medida que utiliza-se do poder das manchetes para faltar com a verdade e implantar rumores. Se por um lado a tecnologia permite que a informação seja repassada com mais velocidade, por outro favorece a mutação dessas notícias, através das redes sociais, de modo similar ao que antigamente era passado por via oral. Evidenciando a participação da mídia no cenário político, já dizia Joseph Stalin: "A imprensa é a arma mais poderosa no nosso partido".       A informação, portanto, deve caminhar no limiar entre censura e liberdade, de forma a garantir sua veracidade. É interessante que o Legislativo crie normas, com o intuito de evitar que pessoas sem formação adequada exerçam o jornalismo. Cabe as empresas privadas que utilizem da leitura como temática para suas publicidades, seguindo exemplo da campanha "Leia para uma criança", do Itau. Com a melhoria das condições aos professores, é papel destes ler mais, assim como incentivar seus alunos a criar o hábito da leitura, seja através de feiras do livro, seja por meio de debates sobre temáticas. Por fim, cabe ao governo realizar a reforma do ensino médio, oferecendo assuntos engajados politica e socialmente, em detrimento da chamada "decoreba", imposta no período da ditadura militar para alienar os indivíduos. São medidas assim que formarão indivíduos com mais senso crítico e resistentes a implantação de noticiais falsas.