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Enviada em: 29/10/2017

A era da informação e suas consequências Cada vez mais as pessoas utilizam a internet como meio de obter informações sobre o mundo, ao invés dos canais tradicionais de comunicação, como jornais e revistas. Essa praticidade faz com que 78% dos brasileiros utilizem as redes sociais como forma de consumo de notícias, de acordo com uma pesquisa do Instituto Reuters. Porém, isso facilita a circulação de notícias falsas é um perigo da realidade virtual, podendo trazer muitas consequências, como a falta de credibilidade na ciência e incitação à violência. Primeiramente, a ciência sempre reinventa a si mesma, quando novas teorias são descobertas e pensamentos anteriores são contestados. Isso aconteceu no século XVII quando a teoria do heliocentrismo foi descoberta o que causou grande dúvida sobre a ciência, sendo que por milhares de anos as pessoas acreditavam em algo que não era verdade. Atualmente, temos as mesmas questões. Notícias falsas que são compartilhadas sobre falsas pesquisas médicas, alimentos possivelmente cancerígenos, teorias sobre o vírus Zika e o mal que, teoricamente, o micro-ondas pode causar, trazem pânico e desacreditam a ciência.  Além disso, o compartilhamento de boatos pode levar a casos de violência, como o que aconteceu em São Paulo em 2014, quando Fabiane de Jesus foi citada com uma sequestradora de crianças nas redes sociais e assassinada pela comunidade. Tal caso alertou especialistas sobre o perigo que informações falsas podem trazer. Como citou Bacon, as pessoas acreditam naquilo que preferem acreditar. Nesse contexto, a palavra pós-verdade foi escolhida como palavra do ano em 2016 pelo dicionário Oxford, em que os fatos tem menor importância na formação da opinião pública do que apelos emocionais. Isso demostra a importância do cuidado com a veracidade das notícias compartilhadas na internet.     Devemos, portanto, considerar as consequências que a circulação de boatos nas redes sociais podem trazer. Para reverter essa situação, uma parceria entre o Governo Federal e agências especializadas em checagem de notícias se faz necessária, com o intuito de diminuir a incidência de notícias falsas e suas consequências. Juntamente a isso, a Polícia Federal deve realizar investigações sobre as origens dessas notícias, que usualmente ganham muito dinheiro produzindo conteúdo falso. Cabe a essa questão a utilização da dúvida hiperbólica de Descartes, onde o indivíduo deve a todo momento questionar sobre as informações que chegam até ele. Assim, poderá haver uma reversão no estado caótico trazido pelas Fake News.