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Enviada em: 29/10/2017

Na era da pós-verdade   O termo pós-verdade, que remete a influência das crenças pessoais em detrimento dos fatos objetivos, foi eleito a palavra do ano de 2016 pelo Dicionário Oxford. Nesse sentido, nota-se que as notícias falsas já se tornaram marcante no cotidiano da população. Dessa forma, a veracidade dos dados é colocada em xeque tanto por práticas midiáticas quanto por atos sociais.   A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se aos meios de comunicação. Isso porque, em um contexto no qual o interesse individual é visto como mais importante que a publicação de fatos verídicos, a fabulação torna-se intrínseca à esfera informacional. Nessa perspectiva, as narrativas sem base real tem o poder de influenciar atos populares, fato esse evidenciado nas eleições dos Estados Unidos, na qual os boatos sobre os candidatos interferiram na votação. Desse modo, o sensacionalismo abre margem para dados enganosos.    Além disso, cabe ressaltar que essa situação é corroborada por questões socioculturais. Segundo Sócrates a informação deve passar por três peneiras, sendo uma delas a verdade. Sob tal ótica, é inquestionável que a atitude dos leitores em aceitar passivamente as mensagens que aparecem, sem buscar a veracidade delas, vai de encontro ao postulado filosófico. À vista disso, é interessante salientar que, boa parte da comunidade, prefere acreditar nas deturpações por conterem ideias que as agradam. Dentro dessa lógica, esses costumes propiciam a manutenção dessa problemática.    Depreende-se, portanto, que ações da mídia potencializam atitudes da sociedade. Torna-se importante que o Estado, na figura do Ministério da Educação, realize campanhas que ensinem os cidadãos a identificarem notícias falsas, a fim de evitar a influencia delas. Ademais, urge que o Poder Legislativo desenvolva leis que criminalizem os autores dessas informações, visando minimizar sua disseminação. Com essas medidas, a palavra do ano de 2016 entrará em obsolescência e sua era terminará.