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Enviada em: 28/10/2017

Na Alemanha Nazista, os comerciais de TV e os jornais impressos eram caracterizados pelos informes falsos, com o intuito de persuadir os cidadãos arianos a apoiarem o sistema ditatorial de Hittler. Todavia, hodiernamente, no contexto brasileiro, o sistema vigente é democrático, porém, o Brasil sofre complexos problemas acerca das "Fakes News", por causa dos perigos que elas oferecem. Nesse viés, convêm analisar as principais causas da pós-verdade, haja vista que não só a inabilidade escolar, mas também a carência de leis corroboram tal mazela.     Em primeira instância, vale salientar que a deficiência do sistema educacional brasileiro acirra o entrave. Isto é, de acordo com uma pesquisa publicada pelo jornal "O Estadão", cerca de 80% dos indivíduos que concluem o ensino regular não sabem as diferenças de notícias verazes para hoax. Nesse sentido, a maioria das pessoas, por serem mais crédulas, tendem a compartilhar notícias falsas na internet e, desse modo, possibilitam que outros cidadãos façam o mesmo, pois como já dizia Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, "uma mentira repetida mil vezes, torna-se verdade".      Outrossim, cabe ressaltar que a ineficiência do legislativo contribui com a intensificação do impasse. De fato, o Marco Civil da Internet não considera crime o ato de criar notícias adulteras e postar nas redes sociais. Dessa forma, os sujeitos que produzem os boatos não possuem receio de estar infringindo alguma lei, por conseguinte, não têm consciência dos perigos que isso proporciona a quem sofre por conta dos seus atos, como foi o caso de uma menina, no Rio de Janeiro, a qual foi apedrejada e assassinada pela população, porque foi confundida com uma pessoa, que, de acordo com o que estava na internet, ela praticava bruxaria com crianças.      Urge, portanto, a essencialidade de medidas tangíveis que reduzam o déficit educacional nacional, e que erradiquem a insuficiência das leis. Para isso, o MEC, em consonância com a mídia, por meio de verbas destinadas à educação, deveria criar propagandas, de curta duração, em jornais e revista, que auxiliassem os cidadãos a identificar quando uma notícia é falsa, além de feiras e projetos nas escolas de ensino regular. Ademais, o poder Legislativo, por meio de ações na câmara dos Deputados, deveria acelerar o projeto de lei que criminaliza o ato de criar boatos nas redes sociais. Assim sendo, a pós-verdade ficará apenas nos livros de história, e não impregnada na sociedade brasileira.