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Enviada em: 29/10/2017

O professor Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, no seu livro "A Quarta Revolução Industrial", afirma que estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará a forma como trabalhamos, vivemos e relacionamos. Em vista disso, esse avanço tem contribuído para o maior acesso à informação pela sociedade, porém, aliado a isso, está o crescimento de notícias falsas nas mídias do Brasil. Por isso, é preciso de olhar mais apurado sobre a problematização, para descobrir as suas raízes.                 De fato, existem normas que procuram estabelecer o controle informacional, seja nas redes sociais ou em aplicativos, e uma delas é o Marco Inicial da Internet, que define os direitos e deveres de quem navega nesse mundo digital. No entanto, o desconhecimento popular a respeito dessa regulamentação, reflete na transmissão das "Fake News", que pode ser vista mediante práticas como a falsificação de imagens através de aplicativos, além de compartilhamentos de boatos acerca da morte de famosos, revelando o poder de influência midiático. Dessa forma, é necessário ter a propagação dessa regra, no intuito de gerar conscientização popular.                   Nesse enfoque, é importante destacar também sobre o poder de propagação proporcionado pela comunicação no Whatsapp. Seguindo essa lógica, na cidade de Janaúba, no Estado de Minas Gerais, ocorreu uma tragédia na creche Gente Inocente, que gerou grande comoção nacional. Posto isso, alguns sujeitos aproveitaram dessa agilidade dos meios de veiculação de mensagem, principalmente nessa situação que envolve acidentados, doentes, para criar e disseminar contas bancárias falsas, feitas com o objetivo de aproveitar da mobilização popular em prol da causa e para arrecadar toda a doação que deveria ser direcionada aos enfermos. Destarte, é imprescindível a atuação governamental no que se refere a garantia da fiscalização no setor digital.                    De acordo com René Descartes, todo problema que se resolve torna-se uma regra que, depois, serve para resolver outros problemas. Desse modo, cabe ao Ministério da Propaganda promover a instrução da norma referida, mediante anúncios nas mídias que agucem a criticidade popular acerca das informações fraudulentas. Outrossim, o Ministério da Justiça deve criar centros que recebam denúncias anônimas de crimes virtuais, além de supervisionar a rede, afim de garantir os direitos de quem a utiliza. Já a escola, à luz do conhecimento, deve realizar palestras entre estudantes e advogados a respeito dos direitos eletrônicos, consequentemente, desenvolvendo o conhecimento  da futura geração.