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Enviada em: 29/10/2017

Na era da pós-verdade, a "indústria do clique" recorre a métodos apelativos e falsos de divulgação de notícias para ganhar notoriedade, frente à elevada competitividade no mercado do jornalismo. Por conseguinte, informações incorretas são disseminadas por alguns agentes, na televisão, rádio e internet principalmente.       Em primeiro plano, é necessário entender a relevância das "fake news" no mundo contemporâneo. Na Colômbia, um acordo de paz entre as Farc e o governo fracassou. O motivo: algumas igrejas convenceram o eleitorado de que o acordo estimularia a dissolução das famílias e a homossexualidade de crianças. Ou seja, é evidente a influência dessas notícias falsas na sociedade, pois argumentos são utilizados com o objetivo de corroborar diferentes pontos de vista, não importando se estão certos ou errados.   Outrossim, destaca-se o motivo da perpetuação de informações errôneas. Conforme o sociólogo Zygmunt Bauman, vivemos uma era em que a fluidez e o excesso de informações dificulta o discernimento entre o verdadeiro e o falso. Ante esse cenário, indivíduos aproveitam-se da proeminência das redes sociais e de sua credibilidade com amigos e familiares para espalhar desinformação. Desse modo, quem clica, nesse caso, não realiza a vigilância epistêmica, compartilhando notícias falsas de pessoas de austera confiança.       Destarte, é indubitável a influência social das "fake news" na sociedade atual. A fim de mitigar a problemática, redes sociais, como Twitter e Facebook, devem criar mecanismos verificadores de notícias, com moderadores que avaliem veracidade e fonte de menções dúbias. É imperativo, ainda, que seja criado um "Juramento de Hipócrates" no jornalismo, com o intuito de conscientizar os graduandos a fazerem o honesto em suas ações sociais jornalísticas. Ademais, o Governo Federal deve aprovar projetos de lei que tipifiquem o crime do compartilhamento de notícias falsas, penalizando infratores exemplarmente.