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Enviada em: 29/10/2017

Pós-verdade, refere as circunstâncias nas quais os fatos objetivos tem menos influência em moldar a opinião do que apelos às emoções e crenças pessoais. É nesse meio que cresce a difusão de notícias falsas, pois as pessoas escolhem a verdade mais conveniente para acreditar, independentemente dos perigos que a falta de informação podem acarretar. Assim, se analisado numa perspectiva mundial, as "fake news" podem ser usadas para influenciar eleições, promover movimentos xenofóbicos e obter lucros.       Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a utilização de notícias falsas para moldar a opinião pública não é um artifício atual, o plano Cohen, na Era Vargas, é um exemplo. Nota-se que um informação mentirosa divulgada para população é capaz de transformar a história do país. Além disso, a internet é um importante aliado na propagação das "fake news", em especial, as redes sociais. Observa-se que a falta de informação sobre checagem de fatos leva muitos usuários a compartilhar notícias falsas, criando uma reação em cadeia.       Em segundo lugar, é válido citar que a descentralização do acesso à informação torna o indivíduo como ator da busca, ou seja, há liberdade, mas também há subjetividade. Sabe-se que as eleições norte americanas foram permeadas pelas "fake news", pois momentos com forte polarização política são ideais para difusão de notícias falsas. Nessa perspectiva, criam-se empresas especializadas em veicular notícias falsas, pois conseguem obter lucros através das visualizações e cliques nos sites que tem apelo às opiniões dos usuários.        Em suma, o fenômeno das notícias falsas se alastrou pelo planeta e está sendo utilizado para escrever a história, o que pode ser perigoso para o futuro. Portanto, é essencial que as pessoas adquiram o hábito de checagem de informação ou "fact-checking". Assim, é essencial que grandes empresas da internet comecem a analisar a veracidade das informações antes e depois das pessoas divulgarem nas redes, atitude que já está sendo tomada pelo "Facebook" e serve de exemplo para as demais. Além disso, é essencial que o Governo Federal firme parcerias com empresas de "fact-checking" como, por exemplo, Truco e Lupa, para divulgar e promover a veracidade dos fatos, impedindo o avanço das notícias falsas e possíveis prejuízos irreparáveis. Destarte, é possível evitar que a pós verdade aliada as "fake news" seja prejudicial à diversidade cultural, seja ela de culto, racial ou ideológica.