Enviada em: 29/10/2017

É possível afirmar que a veiculação de falsas informações na internet, tem tomado uma proporção cada vez maior, sobretudo, no atual contexto brasileiro. Isso se evidencia pelo excesso de informação em consonância com a  falta de senso crítico de determinados indivíduos, gerando, pois, consequências para os afetados. Dessa forma, faz-se necessário discutir os fatores dessa problemática para a sociedade em questão.  De início, é importante analisar os fatores que contribuem para a ocorrência do impasse. A partir da Revolução técnico-científico e informacional do século XX, houve diversos avanços comunicacionais, sobretudo, em relação ao desenvolvimento da internet. Desde então, tal advento proporcionou aos indivíduos um alto poder de conhecimento mediante ao acesso instantâneo a diversas fontes de informação. Assim, atualmente, qualquer pessoa, pode ter o poder de criar e editar notícias- nem sempre verídicas- demonstrando que é necessária uma prudência na busca pelo saber. Desse modo, a falta de criticidade de determinados cidadãos e o desconhecimento em relação a reputação das fontes, suscita, então, um compartilhamento massivo de notícias falsas no meio digital.  Por conseguinte, a divulgação imprópria desses boatos gera consequências para todos os acometidos. Nesse sentido, a ampla disseminação de informações falsas passa uma noção errônea de que ela é verdadeira e confiável. Recentemente, em São Paulo, devido ao compartilhamento de um retrato falado com um noticiário falso, uma senhora foi espancada e assassinada pela população ao ser confundida com uma mulher que sequestrava crianças para utilizá-las em rituais de magia negra. Dessa maneira, denota-se a amplitude da situação referida, demostrando, portanto, o prejuízo gerado por uma notícia falsa tida como verdadeira.  Diante dos argumentos supracitados, infere-se que a adoção de medidas no âmbito retratado é necessária a fim de amenizar a disseminação de boatos na internet. Assim, ONG’s sociais devem instruir a população a selecionar fontes confiáveis mediante grupos de discussão que sugiram sites confiáveis, prezando pela informação de qualidade. Ademais, cabe aos veículos midiáticos, por meio de um investimento governamental, a elaboração e a divulgação de campanhas com casos reais de vítimas de boatos divulgados na internet. Isso deve ser feito com o objetivo de sensibilizar a população, evitando, então, a propagação de informações sem antes checar se são verdadeiras. Dessa forma, gradativamente, haverá um equilíbrio nessa conjuntura.