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Enviada em: 30/10/2017

Durante a Segunda Guerra Mundial, Adolf Hitler se utilizou de propagandas falsas para valorizar sua imagem e sua ideologia antissemita, a fim de manipular a população alemã a seu favor. Nesse contexto, tal manipulação se vê atualmente refletida nas fake news, notícias falsas que parecem ser reais. Diante disso, vale analisar como a alienação da população, assim como o compartilhamento de boatos, podem influenciar na problemática em questão.        A princípio, a grande desinformação presente na sociedade brasileira é um dos principais aliados na expansão das fake news. Conforme a Teoria da Caverna escrita por Platão, o pensamento crítico é necessário para que as pessoas saiam do senso comum e caminhem em direção a verdade. Porém, lamentavelmente, devido ao déficit no hábito de leitura dos cidadãos e a negligência na procura da veracidade de notícias compartilhadas nas redes sociais, cria-se uma alienação em grande parte da população. Consequentemente, empresas e indivíduos se apropriam dessa vantagem para criar um mercado de cliques na internet, gerando renda através da distorção de imagens e notícias e contribuindo para uma manipulação em massa.        Ademais, convém frisar que a criação de rumores pode contribuir para a difusão do ódio. Isso decorre devido a parcialidade ao compartilharem informações que condizem apenas com interesses individuais, sem se preocupar se é um fato objetivo ou apenas um apelo emocional, já que, como afirma Bacon, as pessoas acreditam naquilo no que elas preferem que seja verdade. Por conseguinte, casos como a de Fabiane de Jesus, de São Paulo, acusada de praticar magia negra com crianças através de uma notícia falsa, e devido a isso foi linchada por moradores de sua comunidade, estão se tornando cada vez mais comum.       Julga-se necessário, portanto, a adoção de medidas necessárias para que ocorra a extinção das fake news. Sob esse viés, cabe ao Ministério da Justiça, em ação conjunta com a Polícia Federal, impedir que links com notícias falsas recebam remuneração e aplicar multas a seus criadores. Sendo assim, devem criar meios - como sites, disque-denúncia ou grupos de vigilantes - para que a população possa denunciar essas postagens. Outrossim, o Ministério da Educação, em parceria com influenciadores digitais, pode criar campanhas educativas a fim de alertar os cidadãos sobre a importância da averiguação das notícias. Desse modo, a disseminação de notícias falsas deixará de fazer parte do cotidiano brasileiro.