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Enviada em: 31/10/2017

Brincadeira de criança como, as vezes, não é bom.     A terceira revolução industrial, iniciada após a segunda guerra mundial, tem os avanços tecnocientíficos como aspecto principal. Com ela, vários adventos que melhoraram a vida da humanidade, no entanto, alguns desses trouxeram consigo problemas associados. Destes, o mais recorrente e perigoso é o fenômeno das notícias falsas, visto que é uma expressão da ganância e manipulação do ser humano e coloca em risco à integridade do jornalismo e até vidas.     A princípio, é necessário entender porque essa atividade ganhou tanto espaço no cotidiano brasileiro. A história revela, como os boatos sobre a sexualidade de Dom João, por exemplo, que a fofoca sempre foi um hábito muito praticado pela sociedade. Com o surgimento da internet, essas histórias passaram a atingir um maior número de pessoas e, após a criação do sistema de "Adwords", em que sites passam a lucrar com publicidade e quantidade de acessos, as publicações passaram a ser cada vez mais sensacionalistas a fim de atrair mais leitores. Estes, que muitas vezes não verificam a procedência, acabam acreditando e compartilhando informações enganadoras e enriquecendo o escritor que age de má fé.     Nesse sentido, sérias consequências, decorrentes das pós-verdades, têm ocorrido no mundo moderno. Este termo, relativo à tamanha disseminação de fofocas que tornam-se "verdades", foi eleito como a palavra de 2016 pelo dicionário Oxford pois, segundo o presidente da marca, essa circulação de matérias enganosas em progressão geométrica fez com que os boatos passassem a valer tanto quanto aquelas reportagens provenientes de fontes confiáveis. Isso deu, às mentiras, um grande papel na formação da opinião pública e na propagação de discursos de ódio e violências. Desses episódios, pode-se citar o ocorrido com uma dona de casa no bairro do Guarujá que, após ser confundida com uma sequestradora, foi espancada até a morte pelos vizinhos.     Portanto, fica claro que as notícias falsa representam um perigo não só à verdade mas também às pessoas. Para combatê-las, é preciso que os servidores responsáveis pelos "Adwords", como o Google, fiscalize e gerencie corretamente os sites em que eles estiverem instalados, proibindo a aplicação naqueles que publicarem informações ilegítimas. Além disso, a mídia deve divulgar para a população, apor meio de reportagens e novelas, a importância da checagem da veracidade dos fatos antes de compartilhar. Dessa forma, esse "telefone sem fio" deixará de ser um problema e voltará a ser apenas mais uma diversão de infância.