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Enviada em: 31/10/2017

No século XV, Gutenberg inventou a imprensa. Tal instrumento revolucionou o mundo, proporcionando a criação de jornais, os quais informavam a população com credibilidade. No entanto, hoje, no século XnXI, com o advento da internet e das redes sociais, há uma epidemia de notícias falsas - chamadas, também, de fake news, hoaxes ou pós-verdades. Nesse contexto, é incontrovertível que, dentre outros fatores, a má influência e a inexistência de mecanismos específicos de combate são as principais razões que tornam as fake news um perigo. Nesse sentido, uma ação conjunta entre Estado e organizações independentes é medida que se impõe.         A princípio, percebe-se que há uma influência negativa na opinião pública. As pós-verdades podem confundir e manipular a sociedade, incitando discursos de ódio. Essa circunstância deve-se às pessoas que compartilham matérias as quais leram apenas a manchete ou que não se certificaram da veracidade das informações contidas naquele texto. Isso resulta em pessoas ou empresas que, injustamente, são prejudicadas moral ou materialmente com essas inverdades e que, em casos extremos, chegam a perder a própria vida, como foi o caso de uma dona de casa que, em 2014, no Guarujá, foi espancada até a morte, por causa de um boato o qual afirmava que ela estava envolvida em rituais de magia negra.        Outrossim, essa situação está longe de ser resolvida. A falta de uma fiscalização rígida e de uma lei que tipique e puna tal conduta corrobora a persistência desses hoaxes. Se um indivíduo, por exemplo, criou e publicou uma fake news e não foi responsabilizado, nada o impede legalmente de praticar o ato novamente, causando novos danos às vítimas. Apesar de que há alguns casos em que o criador e os disseminadores dos boatos responderam à justiça, isso não ocorre constantemente. Dessa forma, nota-se como a deficiência do Governo nessa questão reforça a reincidência dessas práticas.       Para mitigar essa celeuma, portanto, é essencial que o Ministério da Educação, em parceria com a mídia, promova uma educação digital de qualidade à população, ensinando sobre a importância de ler completamente as reportagens disponíveis nas redes sociais e de conferir a credibilidade da notícia antes de compartilhar com seus contatos, por meio de aulas, palestras, campanhas publicitárias, novelas e cartilhas. Aliado a isso, é mister que o Ministério Público, em conjunto com o Facebook e o Twitter, fiscalize mais rigidamente as matérias divulgadas nesses sites, a fim de diminuir a quantidade de conteúdos falsos. Ademais, é necessário que o Poder Legislativo crie uma lei que tipifique e puna a conduta supracitada, com o fito de gerar uma maior