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Enviada em: 30/10/2017

Em razão do advento da internet, a proliferação de falsas notícias "fake news", ganharam outra dimensão com a popularização das redes sociais. De tal forma que, em poucos minutos, "uma mentira compartilhada mil vezes torna-se verdade", frase análoga de, Joseph Goebbels, ministro de propaganda de Hitler, nunca foi tão precedente ao cenário polarizado dos dias de hoje. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: os riscos dessas mentiras e a falta de senso crítico quanto a informação.     Por certo, o maior dano que um meio comunicativo pode suceder é a proliferação da desinformação, principalmente, em um meio em que vozes estão amplificadas, porém diluídas no bombardeio virtual. Assim como, um quadro de radicalização, sem uma dose sadia de ceticismo capaz de duvidar de tudo que é visto, contribui em menor ou maior grau em crimes na vida real. Como foi, por exemplo, o caso de Fabiane Maria de Jesus, espancada até a morte por moradores do Guarujá (SP), depois de ser confundida com uma imagem viralizada no facebook, de uma suposta sequestradora de crianças.            Ademais, do mesmo modo, que há exclusão virtual, pode-se referir na exclusão racional, caso uma pessoa não tenha acesso a boa argumentação, estará exposta a manipulação. Não foi por menos, que o termo "pós-verdade", foi eleito em 2016, pela Universidade de Oxford, como palavra do ano, visto que, esse novo conceito aludi a menor influência dos fatos na opinião publica, do que as crenças pessoais. Sobretudo, pela falta de capacidade de fazer interpretações desapaixonadas, a fim de dizimar os oportunismos gerados por "fake news". Sendo, portanto, preciso que cidadãos saibam fazer conclusões além de maniqueísmos convencionais - do tipo bem e o mal; para que possam apostar em uma politica reconciliatória.  Dessa forma, o melhor caminho para anular a potencialidade de falsas notícias ainda é a capacidade critica, e conscientizar quem faça esse tipo de ação. Para isso, o Ministério da Educação deve promover junto ao corpo escolar e familiar, debates em sala de aulas com prós e contras sobre temas atuais, trabalhos com item “considerações finais”, onde alunos possam exprimir suas opiniões sobre o que foi trabalhado, e instigar o pensamento crítico através da curiosidade, da dúvida ou da incerteza, para que não se tornem passivos ao descabimento. E ao Estado, cabe divulgar cartazes em transportes públicos, e nos meios midiáticos, a gravidade de compartilhar informações sem provas de veracidade, por contribuírem com uma injustiça.