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Enviada em: 03/11/2017

Segundo o Instituo Reuters, 72% dos brasileiros usam as redes sociais para se informarem. As redes sociais são palco para a era da pós-verdade e alastramento rápido das fake news, que são notícias falsas revestidas de mecanismos para que assemelhem à verdade. No Brasil, o quadro do compartilhamento de notícias falsas é alarmante, já que há inúmeros brasileiros que não sabem diferenciar a verdade da mentira.   Os brasileiros, devido ao baixo hábito da leitura, são atraídos por notícias com títulos sensacionalistas e textos curtos. Nota-se nessas manchetes um tom alarmante, fontes e origens não informadas e um pedido de compartilhamento enfático. O sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, em entrevista ao jornal El País, disse que as redes sociais são úteis, mas contém armadilhas. Nesse sentido, nota-se que, realmente, deve haver o cuidado ao compartilhar uma notícia nas redes.   Há sites nas redes que compartilham, exclusivamente, notícias falsas, aproveitando-se da era da pós-verdade, em que as crenças e emoções têm mais efeito na opinião pública do que os fatos objetivos. O exemplo recente disso foi o compartilhamento de uma notícia falsa de que a permanência na União Europeia custava 470 milhões de dólares por semana ao Reino Unido, interferindo, desse modo, no plebiscito realizado, mesmo sendo provado que se tratava de uma inverdade. Essa situação corrobora com os efeitos perigosos das fake news.  Em virtude do que foi supramencionado, em primeira instância, deve o Governo Federal, em parceria com o Comitê de Gestão da Internet no Brasil, que é um órgão de governança na internet, promover a abertura de um portal na internet, em que os cidadãos possam denunciar os sites que propagam notícias falsas. O órgão, após analisar, deve banir o site para evitar que mais cidadãos tenham acesso a ele. Além disso, devem promover campanhas na televisão e rede social de como identificar notícias falsas, tornando assim, a internet um ambiente menos ardiloso.