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Enviada em: 30/10/2017

Segundo o filósofo Habermas, os meios de comunicação são fundamentais para a conquista da razão comunicativa. De fato, com o advento de aparatos de tecnologia sofisticada, como os telefones móveis, em conjunto com a internet, foi possível a comunicação atravessar fronteiras, sem a necessidade de deslocamento humano. Contudo, todo esse desenvolvimento nem sempre é bem utilizado, pois, muitos indivíduos utilizam do “mundo virtual” como palco de boatos e mentiras, fato que provoca consequências negativas à nação.         Em primeiro plano, é necessário ressaltar o compartilhamento de informação errônea que gera consequências danosas a vida da sociedade. Segundo Sócrates, filósofo ateniense, qualquer informação deve, primeiramente, passar por “três peneiras”, sendo a primeira a da verdade. Todavia, em analogia ao Brasil contemporâneo, percebe-se que essa estruturação ocorre de maneira controversa, visto que, a intensificação do compartilhamento de notícias falsas gera muitos desentendimentos no contexto vigente. Exemplo disso, encontra-se no médico Dráuzio Varella, o qual foi vítima da mentira de uma internauta que o acusou de afirmar que o exame de mamografia poderia gerar câncer, assim, mulheres foram induzidas a não realização desse, colocando em risco suas saúde.         Além disso, deve-se evidenciar, também, as consequências dos boatos na mídia para as figuras públicas no país. Isso ocorre, na maioria das vezes entre artistas, os quais são vítimas de notícias caluniosas propositais com o intuito de denegrir suas imagens perante a mídia. Sob essa ótica, apresenta-se o caso da atriz Laura Cardoso que foi dada como morta nas redes sociais, no ano passado, provocando comoção e tristeza entre familiares, amigos e fãs que sofreram pela suposta morte, até que a verdade foi descoberta. Dessa forma, diante do desconforto gerado, fica claro a gravidade das notícias falsas sobre as vítimas.       Percebe-se, portanto, a demanda por medidas que transformem essa realidade em vista de reduzir a propagação de “fake news” no país. Para tal, é fator crucial para inibir a propagação de falsas notícias, a construção de uma sociedade mais crítica, capaz de investigar as fontes das notícias, além de mais disposta a denunciar autores de mentiras na internet. Para isso, os entes do governo, como as secretárias de ciência, tecnologia e desenvolvimento social, devem investir em cartilhas, desenvolvidas por agencias publicitária, e palestras, ministradas por especialistas na área, que visem conscientizar a população sobre os riscos de divulgar informações não verídicas, e dessa forma, através da instrução da população, será possível iniciar um movimento que auxilie nas transformação das mídias em meios mais confiáveis ao corpo social.