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Enviada em: 31/10/2017

A Revolta da Vacina, ocorrida em 1904, teve como uma das causas a propagação de notícias falsas e de desinformação sobre as medidas do Governo. Todavia, um século depois do ocorrido, a propagação segue recorrente e em maior escala. Assim, a incitação da polaridade política e a falta de tipificação criminal, são os perigos dessa problemática.      Mormente, é imprescindível apontar que as ‘’fake news’’ são relacionadas com o conceito de pós-verdade. Nesse contexto, a polarização de ideias cresce em detrimento do senso crítico e racional do indivíduo. Dessa forma, segundo a revista Guia do Estudante, a pós-verdade é relativa a circunstância nas quais os fatos são menos influentes do que as emoções e crenças pessoais. Logo, torna-se essencial uma educação digital para evitar a incorporação de informações falsas e manter o compromisso com a verdade.              Além disso, apesar de permear a história brasileira, a divulgação de notícias falsas não é tipificada como crime. Isto é, os legisladores não se atentaram para evitar a propagação dessas informações que, por vezes, são razões de injustiças no Brasil. Desa maneira, segundo Martin Luther King, ‘’a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça para a justiça em qualquer lugar’’. Sendo assim, é fato que a não elaboração de leis para essa temática constitui como um dos maiores perigos do ‘’fake news’’ na era tecnológica.         Infere-se, portanto, mudanças necessárias sobre a problemática da divulgação de notícias falsas. Nesse ínterim, é imperiosa a atuação do Ministério da Educação, em conjunto com as mídias sociais, promovendo orientações para a identificação de informações não verdadeiras, com o objetivo de evitar sua disseminação. Ademais, é essencial a tipificação das informações falsas na rede como crime, promovido pelos legisladores, em consonância com o Ministério da Justiça, para que haja uma segurança dos usuários na internet. Logo, a utilização da ‘’web’’ de forma produtiva, deixará de ser idealizada e se tornará realidade.