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Enviada em: 03/11/2017

A globalização foi um processo de integração de vários setores da sociedade, incluindo o informacional. A chamada era da informação começou logo após a Segunda Guerra Mundial e desde então tem se intensificado, principalmente com o advento da internet, na qual o fluxo de notícias é elevado e de fácil acesso. Porém, o alcance mundial oferecido pela rede de computadores deu brecha para que muitos se aproveitem disso e espalhem mensagens falsas, seja por interesse econômico, atenção ou apenas por diversão, causando danos à pessoas físicas e jurídicas.       A sociedade contemporânea é bombardeada todos os dias com pacotes de informações na "web", principalmente nas redes sociais. O ponto crítico é que esses dados muitas vezes são uma mera mentira, criada por alguém com o intuito de chamar a atenção do internauta e conseguir o clique dele, para depois o converter em dinheiro ao redirecionar o navegante para uma página de propagandas midiáticas - o que serve de estimulo para essa prática. A cobertura global da rede torna essa informação alarmante, devido a rapidez com que uma notícia é compartilhada (em forma de vídeo, texto ou foto), fazendo com que várias pessoas acreditem, sem nem ao menos procurar saber se é verídica.        O artigo 41 da Lei das Contravenções Penais pune indivíduos que criam mensagens que provocam alarme, podendo os mesmos responderem por questões de responsabilidade civil, calúnia, injúria, difamação e até incitação ao homicídio. Em Guarujá, São Paulo, espalhou-se um boato nas redes sociais de que uma moça fazia rituais de magia com crianças, o que levou os moradores a fazerem justiça com as próprias mãos espancando-a até a morte. Citando Albert Einstein: "Torna-se aterradoramente claro que a tecnologia ultrapassou a humanidade". Percebe-se que a inocência de alguns, ou a falta de responsabilidade de outros, interfere no meio social de todos, causando danos irreversíveis.       Portanto, é imprescindível que medidas sejam tomadas. Cabe ao Ministério da Educação, em conjunto com o da Comunicação, e postos de trabalho administrar palestras sobre o tema em escolas, faculdades e empresas, a fim de conscientizar os civis a respeito dos perigos das "fake news" (notícias falsas) e ensinar como identificar se uma informação é verdadeira ou não. O governo também deve criar leis mais eficazes e fiscalizar, junto com os órgãos que pagam pelos anúncios, o que é introduzido na internet, criando uma espécie de inspeção, para evitar a inserção de dados falsos e também ajudar a punir os responsáveis. Dessa forma, a sociedade manterá vivo o compromisso com a verdade, que é tão defendido por Sócrates, o pai da filosofia.