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Enviada em: 01/11/2017

Na série "Black Mirror" é mostrada a realidade de uma sociedade regida pelo número de curtidas. Fora da ficção, na era da informação, é possível observar a superficialidade das relações refletida na propagação das "fake news". Nesse contexto, é importante entender como a alienação e a velocidade de propagação das informações contribuem com a perpetuação dessa problemática.    A alienação é um dos males que assola a pós-modernidade. Nietzsche, filósofo alemão, dizia que as relações sociais são regidas por ações reativas. Dessarte, percebe-se que a sociedade não tem demonstrado esforço em busca de uma análise crítica dos conteúdos recebidos diariamente. Segundo estudos, a grande maioria das pessoas não consegue identificar uma imagem manipulada. Sendo assim, as notícias se difundem como verdadeiras, podendo acarretar uma série de desconfortos aos envolvidos.    Outrossim, a velocidade com que as informações se propagam é sem dúvidas um importante ponto a ser debatido. O sociólogo Zygmunt Bauman, através de suas teorias entendeu que a sociedade tem se tornado cada vez mais imediatista e fluida. Exemplarmente, tem-se o presidente Donald Trump que usou seus assessores para divulgar notícias falsas a respeito da ex-primeira dama Michele Obama, apesar de não apresentarem compromisso com a veracidade as notícias atingiram a esfera mundial em questão de segundos.    Diante do exposto, é evidente que as "fake news" são um perigo na era da informação, sendo necessário a tomada de medidas. Mormente, o Governo Federal deve fomentar os veículos midiáticos na divulgação de propagandas de incentivo à averiguação da fonte das notícias, a fim de evitar o compartilhamento de matérias falsas prejudicando terceiros. Além disso, deve através do Ministério da Justiça, impôr sanções mais rígidas aos percussores de mentiras na mídia. Assim, através dessas ações será possível solucionar esse impasse.