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Enviada em: 01/11/2017

A série “Black mirror” retrata um mundo moderno repleto de adversidades providas da tecnologia. Fora da ficção, o Brasil sofre com a era digital devido aos perigos decorridos da disseminação das “fake news” - notícias e informações falsas ou incompletas. Nesse contexto, é primordial entender como a alienação populacional e a velocidade de propagação das notícias sustentam a perpetuação desse impasse.              É indubitável que a alienação propiciada a partir do contato com as “fake news” é imediata, haja vista que, de acordo com o filósofo Friedrich Nietzsche, as relações sociais são regidas por ações reativas. Desse modo, fica claro que os indivíduos não visualizam de forma crítica o conteúdo exposto. Conforme estudos, as pessoas não conseguem identificar imagens manipuladas, assim, a informação falsa disseminada é tomada como verdade, podendo ocasionar consequências desastrosas.               Ademais, outro aspecto que auxilia na manutenção da problemática é a velocidade da disseminação das notícias falsas. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, vivemos numa modernidade líquida, na qual toda estrutura social dilui-se, evidenciando a volatilidade. Dessa forma, espalhar notícias e informações incertas torna-se natural e corriqueiro. Com efeito, vale ressaltar que, Donald Trump – atual presidente dos Estados Unidos – atribuiu o uso da divulgação de informações falsas com vigor em toda sua campanha eleitoral.        Em suma, é essencial que medidas sejam providenciadas a fim de atenuar esse problema. O Governo Federal, por meio das emissoras abertas de televisão, deve difundir propagandas com conteúdo informativo a respeito de como identificar as “fake news” e mobilizar a população sobre as consequências de sua propagação. A partir de tais atitudes tomadas, será possível a prosperação de cidadãos brasileiros perspicazes e prudentes.