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Enviada em: 01/11/2017

A partir da invenção da imprensa por Gutenberg, houve uma revolução na história da leitura e circulação de ideias. Com o passar dos anos, os meios de comunicação cresceram em número e tomaram proporções nunca antes vistas. Porém, atualmente, cada vez mais são transmitidas notícias falsas, principalmente após o advento da internet, o que configura grave problema.     Primeiramente, os indivíduos ficam vulneráveis ao oportunismo financeiro de alguns. Pois, a remuneração dada por empresas baseada na quantidade de cliques e visualizações, como o Adsense da Google, serve de estímulo para a criação de notícias de grande apelo e sensacionalistas, a fim de atrair a atenção popular. Dessa forma, o cidadão que não está atento à procedência dos fatos corre riscos relacionados à desinformação, podendo despertar sentimentos como temor e insegurança.        Além disso, a disseminação de Fake News contribui ainda mais para a polarização política. Isso porque, em circunstâncias de pós-verdade (situação em que o apelo às crenças tem mais influência que os fatos na hora de formar a opinião pública), notícias falsas e manipuladas resultam em pessoas com pensamentos mais consolidados e alienados, e com um senso crítico cada vez menor. Desse modo, a população se torna cada vez mais dividida em polos ideológicos distintos, criando, portanto, um ciclo vicioso, no qual termina sempre com a criação de mais informações manipuladas.        Por conseguinte, evidencia-se que a circulação de inverdades oferece sérios riscos à população. Logo, é preciso que proprietários de mídias sociais sejam responsáveis por combater o espalhamento de notícias falsas em suas plataformas, por meio de mecanismos de checagem de fatos. Além disso, que as escolas, fomentem o senso crítico de seus alunos, por intermédio do foco em disciplinas como sociologia e filosofia, a fim de formar cidadãos menos propensos à influência de notícias falsas e mais rigorosos na hora de formar sua opinião.